29 de mai. de 2012

Folia de Reis Sagrada Família da Mangueira - Marcha



Este vídeo foi gravado durante o Encontro de Folias de Reis promovido pela Folia de Reis Sagrada Família da Mangueira, ocorrido no dia 26 de maio de 2012.
A festividade ocorreu na quadra da Mangueira localizada na Candelária. Como explica o músico e pesquisador Daniel Bitter, a Candelária é "uma das sub-regiões do Complexo da Mangueira" que concentra espressivo contingente de mineiros emigrados.
A Folia Sagrada Família tem suas origens históricas em Laranjal, município localizado na mesorregião da Zona da mata mineira. Acompanhando o deslocamento migratório, esta Folia adquiriu novas influências, adequando-se a padrões estético-culturais do novo ambiente em que se fixam seus descendentes. Atualmente coordenada pelo mestre Hevalcy Ferreira da Silva, a Folia de Reis Sagrada Família é um dos grupos da área metropolitana do Rio de Janeiro em plena atividade.
Neste Encontro de Folias de Reis, estiveram presentes outros grupos, não apenas da área metropolitana do Rio de Janeiro, bem como da Baixada Fluminense e da Região dos Lagos.
Estas festas revelam uma expressiva rede social composta por todas as faixas etárias. Cada grupo é normalmente formado por relações de parentesco e vizinhança.
A sanfona tem um papel importante na instrumentação das folias de reis do Rio de Janeiro. É o instrumento responsável pelos solos instrumentais e acompanhamento melódico e harmônico dos estribilhos (seções instrumentais) e das toadas (seções cantadas). De acordo com Bitter, os estribilhos são variações instrumentais utilizadas "para iniciar e terminar uma sequência de versos". Do mesmo modo, a sanfona também é o instrumento solista das marchas instrumentais e/ ou cantadas que acompanham a marcha dos foliões. Por fim, o instrumento é responsável para pontuar as "chulas", que são temas instrumentais em ritmos de samba-rural, calango ou "mazuca" (mazurca) que acompanham a coreografia acrobática dos palhaços. Nos intervalos entre a chegada dos grupos, ocorre o divertimento dos praticantes, no qual os sanfoneiros e alguns percussionistas se reúnem para tocar um repertório de forrós, calangos ou modas caipiras.
Embora os acordeões diatônicos de oito ou doze baixos sejam os instrumentos utilizados tradicionalmente, devido a uma série de fatores, os acordeões-piano tem sido incorporados e começam a prevalecer. Pelo que posso observar, isso se atribui não apenas a menor quantidade de praticantes do acordeom diatônico. A forte intensidade sonora das folias fluminenses - o que se deve à incorporação de instrumentos de percussão das bandas marciais (tal como ocorreu anteriormente no samba) tem exigido instrumentos melódicos de sonoridade mais encorpada. Neste caso, os acordeões-piano normalmente em quartas de voz costumam superar os acordeões diatônicos em segundas ou terças de voz. Para o acompanhamento harmônico também são utilizados intrumentos de cordas como o violão, a viola caipira e o cavaquinho.

Neste vídeo, um trecho da marcha que abriu os festejos promovidos pela Folia de Reis Sagrada Família da Mangueira.


* Referência bibliográfica: Bitter, Daniel. A BANDEIRA E A MÁSCARA - A circulação de objetos rituais nas folias de reis. Rio de Janeiro, 7 Letras, 2008.

Intervalo de folia de reis



Publicado em 29/05/2012 por leorugero

Este vídeo foi gravado durante o Encontro de Folias de Reis promovido pela Folia de Reis Sagrada Família da Mangueira, ocorrido no dia 26 de maio de 2012.
O encontro ocorreu na quadra da Mangueira localizada na Candelária. Como explica o músico e pesquisador Daniel Bitter,* a Candelária é "uma das sub-regiões do Complexo da Mangueira" que concentra grande contingente de migrantes de Minas Gerais.
A Folia Sagrada Família tem suas origens históricas em Laranjal, município localizado na mesorregião da Zona da mata mineira. Acompanhando o deslocamento migratório, esta Folia adquiriu novas influências, adequando-se a padrões estético-culturais do novo ambiente em que se fixam seus descendentes. Atualmente coordenada pelo mestre Hevalcy Ferreira da Silva, a Folia de Reis Sagrada Família é um dos grupos da área metropolitana do Rio de Janeiro em plena atividade.
Neste Encontro de Folias de Reis, estiveram presentes outros grupos, não apenas da área metropolitana, bem como da Baixada Fluminense e da Região dos Lagos.
Estas festas revelam uma expressiva rede social composta por todas as faixas etárias. Cada grupo é normalmente formado por relações de parentesco e vizinhança.
A sanfona tem um papel importante na instrumentação das folias de reis do Rio de Janeiro. É o instrumento responsável pelos solos instrumentais e acompanhamento melódico e harmônico dos estribilhos instrumentais e das toadas cantadas. Também é o instrumento solista das marchas instrumentais e/ ou cantadas que acompanham a marcha dos foliões. Por fim, a sanfona também é responsável para pontuar as chulas, que acompanham a coreografia dos palhaços. Embora os acordeões diatônicos de oito ou doze baixos sejam os instrumentos utilizados tradicionalmente, devido a uma série de fatores, o acordeom-piano de 80 ou 120 baixos tem sido incorporado gradualmente. A princípio, isso tem ocorrido pela raridade de praticantes do acordeom diatônico, o que justifica, inclusive, a colaboração de pessoas externas à folia, a exemplo do meu caso pessoal. Porém, pelo que tenho observado, isso se deve não apenas a menor quantidade de praticantes do acordeom diatônico. A alta intensidade das folias fluminenses - o que se deve à incorporação de instrumentos de percussão das bandas marciais (tal como ocorreu anteriormente no samba), exige instrumentos melódicos de maior intensidade. Neste caso, os acordeões piano normalmente em quartas de voz costumam superar os acordeões diatônicos em segundas ou terças de voz.
Nos intervalos entre a chegada dos grupos, ocorre o divertimento dos praticantes, no qual os sanfoneiros e alguns percussionistas se reúnem para tocar um repertório de forrós, calangos ou modas caipiras.
Neste vídeo, o "esquenta", no qual toquei ao lado de Neguinho (Repique) e Meia-Lua (triângulo), sobre um ritmo de partido-alto com o tema improvisado na hora.



* Referência bibliográfica: Bitter, Daniel. A BANDEIRA E A MÁSCARA - A circulação de objetos rituais nas folias de reis. Rio de Janeiro, 7 Letras, 2008.

27 de mai. de 2012

O homem que ressuscita sanfonas Vanutério dos 8 baixos



"Vanutério dos 8 Baixos é o melhor afinador de sanfonas de 8 baixos que conheço. Conheci esse grande mestre quando ele morava na Zona Leste de São Paulo no Bairro de Cangaíba. O Vanutério me foi apresentado pelo Quinka dos 8 Baixos, pois eu tinha comprado uma sanfona nova e precisava fazer o transporte de afinação para Si Bemol. Atualmente o Vanutério reside na cidade de Rio Claro estado de Alagoas.

O Tico dos 8 Baixos fala com o Vanutério quase todas as semana e ficou sabendo que ele tinha vídeos postados no youtube e me avisou para eu dar uma olhada. Vale a pena conferir." (Everaldo Santana)

24 de mai. de 2012

São João pode ficar sem a sanfona de Arlindo dos Oito Baixos


Esta notícia me deixou um bocado triste... Outro dia desses eu falei com Arlindo por telefone. Ele estava bem. Mas fico feliz sabendo de sua melhora, convocando toda a comunidade da sanfona de oito baixos a orar pela reabilitação do mestre Arlindo.
São João pode ficar sem a sanfona de Arlindo dos Oito Baixos
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR 
24/05/2012 | 11h36 | Forró


São João pode ficar sem a sanfona de Arlindo dos Oito Baixos. Imagem: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press/Arquivo
Blenda Souto Maior/DP/D.A Press/Arquivo

Assista ao vídeo
Confira Arlindo dos Oito Baixos tocando `Buliçoso` na sanfona de oito baixos. Imagens: Carolina Santos/DP/D.A Press

O São João deste ano não vai contar com a maestria da sanfona de Arlindo dos Oito Baixos. É a primeira vez, em mais de 50 anos de carreira, que ele não vai participar dos festejos juninos. O músico de 71 anos está com a saúde debilitada, internado desde o dia 12 de março no Insituto Materno Infantil de Pernambuco - Imip. Hipertenso e diabético há mais de 40 anos, doença que já o deixou cego, Arlindos dos Oito Baixos foi internado por conta de uma unha encravada, que infeccionou. Por conta da diabetes, a infecção foi tão grave que os médicos tiveram que amputar parte da perna esquerda de Arlindo, abaixo do joelho.

Seguindo recomendação dos médicos, Arlindo está sem receber visitas, para evitar o risco de novas infecções. Apesar do estado delicado, a sensação é de que o pior já passou. “Estou melhor. A perna ainda está cicatrizando, mas estou me sentindo bem. O médico diz que devo ter alta até o próximo sábado”, diz o sanfoneiro, por telefone. “Quero sair daqui logo. Tudo em hospital é ruim. Para dormir é ruim, para comer é ruim. Agora tem esse isolamento, ninguém pode me visitar”, diz Arlindo, que recebe no hospital apenas os familiares e já sabe o que fazer quando voltar para casa. “Tô com uma saudade danada do fole!”, conta. “Mas não vou conseguir tocar logo, vou ter que esperar uns dias”, completa.

Arlindos dos Oito Baixos está sendo acompanhado no Imip pela esposa, dona Odete, e pela filha Érica, além de dois dos seus três filhos homens, Raminho da Zabumba e Adilson. Com a saída do hospital, os custos para a família devem aumentar bastante. “Arlindo vive do trabalho dele, se ele está sem tocar, ele não tem dinheiro. Nesses últimos meses, está vivendo do pouco que tinha guardado”, diz o produtor Roberto Andrade, que cuida da carreira do músico há 13 anos. “Por enquanto, está tudo bem, mas não sabemos como vai ser depois”, reforça Érica Macedo, filha de Arlindo.

A cadeira de rodas que o músico vai usar quando deixar o hospital foi doada por um deputado. “Os shows de junho foram cancelados e o único cachê que Arlindo tem para receber é R$700 de uma apresentação que seria feita na abertura das comemorações dos cem anos da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Ele já estava internado na data do show, mas a Alepe disse que ia pagar o cachê mesmo assim, para ajudá-lo. Esse dinheiro já está reservado para pagar uma cuidadora quando ele voltar para casa”, conta Roberto. “Arlindo precisa de ajuda”, diz o produtor, que bateu na porta da Fundarpe essa semana para pedir ajuda, e ainda aguarda uma resposta.

De renda fixa, Arlindo só conta com o dinheiro dos direitos autorais de suas músicas, que chega trimestralmente, em cheques que raramente passam dos R$200. Para conseguir dinheiro para Arlindo se manter até ter condições de voltar a a trabalhar - além de tocar, ele é um exímio afinador de sanfonas e também dá aulas - está sendo organizado para o dia nove de junho um grande arraial no Forró de Arlindo, que funciona na casa do músico no bairro de Dois Unidos.
“Conseguimos um pequeno apoio da Prefeitura do Recife, que se comprometeu a pagar os músicos da banda base. Vamos chamar os amigos de Arlindo para cantar”, adianta Roberto. A última festa no Forró de Arlindo foi no dia quatro de março, quando Dominguinhos pediu para ir cantar lá, para ajudar o amigo. Naquele dia, uma semana antes de se internar, o sanfoneiro se sentiu mal e não tocou. A torcida agora é para que Arlindo esteja bem para participar da sua próxima festa.
Saiba mais//

Nascido em Sirinhaém, Arlindo morou até a adolescência no Engenho Trapiche. Saiu da cana-de-açucar para cortar cabelos no Cabo de Santo Agostinho. Foi lá que começou a tocar sanfona em bailes, instrumento que aprendeu vendo o pai tocar os Oito Baixos.

Desde 2007, o produtor Roberto Andrade tentou por três vezes incluir, sem sucesso, Arlindo dos Oito Baixos na lista dos Patrimônios Vivos da Fundarpe, que concede uma verba vitalícia de R$750 para pessoas físicas. Apenas três títulos são concedidos por ano.

Foi em um show no Parque de Exposição do Cordeiro que Arlindo conheceu Luiz Gonzaga. Passou 22 anos tocando com o Rei do Baião. “Ele que me fez voltar aos oito baixos. Disse que já tinha sanfoneiro demais, mas ninguém tocava oito baixos. Gravei e na hora de assinar os créditos ele pediu para trocar Arlindo do Acordeom por Arlindo dos Oito Baixos”, lembrou, em entrevista ao Diario no ano passado.

Estão nos planos do produtor de Arlindo o lançamento ainda neste ano de uma coletânea ao vivo, em CD e DVD, para marcar os 50 anos de carreira do sanfoneiro, completados no ano passado.
Por Carolina Santos, do Diario de Pernambuco

20 de mai. de 2012

Leo Rugero - Palestra no SESC Teresópolis

No dia 18 de maio, tive a oportunidade de ministrar a conferência "Uma breve história do acordeom no Brasil" dentro da programação do Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis de 2012. O evento, promovido pelo SESC, é uma produção de Cândido Neto, professor, acordeonista e agitador cultural do município serrano.
Devo, mais uma vez, agradecer ao SESC pela excelente logística, que permitiu a exibição de slides e a apresentação de exemplos musicais gravados ou interpretados ao vivo.
Na ocasião, realizei uma sintética abordagem sobre a origem do acordeom, tendo como ponto de partida, o Sheng, instrumento chinês que é reconhecido pelos musicólogos como mais antigo exemplo de uso das palhetas livres, por isso, considerado como precursor do acordeom, que viria a ser patenteado pelo austríaco Cyrill Demian, em 1829.
No Brasil, o acordeom teve, ao menos, duas portas de entrada bastante definidas. Uma no Sul, através da maciça migração italiana, a partir de 1870. Outra, no Nordeste, através da importação de instrumentos de procedência alemã, sobretudo, a partir da virada do Séc.XX.
No Rio Grande do Sul e em São Paulo, as gravações pioneiras de Moisés Mondadori e Giuseppi Reale inauguram a fonografia do acordeom brasileiro, na primeira metade da década de 1910.
A constituição de estilos regionais é um processo que se consolida nas primeiras décadas do Séc.XX em torno do acordeom diatônico, amplamente disseminado entre as populações rurais e de periferias urbanas no contexto dos bailes rurais.
O Acordeom piano se populariza entre as famílias abastadas e atinge seu ápice em meados do séc. XX em torno das academias especializadas no ensino desta modalidade de acordeom. A música impressa em métodos e partituras avulsas destinadas aos estudantes da elite econômica contrasta com a oralidade que permeia as tradições musicais nas quais o acordeom diatônico permanece vigoroso. O Acordeom piano é incorporado por músicos oriundos de práticas musicais tradicionais e recebe novos contornos, a exemplo da gravação vigorosa de "Vira e Mexe" de Luiz Gonzaga, em 1941, que viria a inaugurar a fonografia comercial da sanfona nordestina

Abaixo, algumas imagens do evento.









Sanfonas da Serra

Algumas fotos da apresentação coletiva intitulada "Sanfonas da Serra" que contou com as participações de Alex Wey, Cândido Neto (organizador do evento), André Gandra e Leo Rugero no Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis, no dia 18 de maio de 2012. A apresentação foi realizada no Teatro do SESC Teresópolis.
Na platéia, entre tantas pessoas interessantes, devemos ressaltar a presença ilustre de Seu Timbira, um dos raros remanescentes da arte do acordeom diatônico na região Serrana.
Abaixo, algumas fotografias do evento.

Alex Wey, Andre Gandra, Candido Neto, Leo Rugero e Timbira







Zé do Gato

Zé do Gato, nome artístico de Nilson Amaral,  nasceu em Garanhuns, Pernambuco, tendo se radicado no Rio de Janeiro há cerca de 45 anos. Seu irmão, o  Zé da Onça, foi um dos fundadores da Feira de S. Cristóvão. Na virada da década de 70, Zé do Gato foi músico contratado do lendário "Forró do Xavier", localizado em Botafogo, onde hoje se encontra o shooping Rio Sul. Este forró era um importante ponto de encontro da comunidade nordestina, onde também atuaram sanfoneiros como Adolfinho, Luís Sérgio e Severino Januário, sendo este último, irmão de Luiz Gonzaga. Em 75 lançou seu primeiro disco, o trabalho coletivo intitulado "Forró do Arigó", onde também se destacava a participação de seu filho, o prodigioso Maçarico, que na época contava com apenas nove anos. 
Desde então, Zé do Gato gravou mais de uma dezena de LPs e CDs com músicas próprias, inspiradas no manancial gonzagueano. Ao lado da sua esposa Nelci - A Ceci do Gato, mantêm um bazar na Feira de S. Cristóvão, onde 
trabalha sobretudo na compra, venda e conserto de sanfonas.



 Zé do Gato

Leo Rugero, Nelci (Ceci do Gato) e Zé do Gato

Leo Rugero






Correia dos oito baixos em novo CD





















Está saindo do forno o novo disco de Correia dos oito baixos, "Pra quem gosta de forró". 
Produzido por Antonio Carlos Correia, o disco é predominantemente vocal, trazendo interessantes sequências de acordes na sanfona de oito baixos, instrumento que tem sido pouco utilizado no acompanhamento do forró. 
A instrumentação do disco traz uma combinação entre a formação de trio nordestino (sanfona, triângulo e zabumba) com a formação de banda, através da incorporação de baixo elétrico e bateria.
Abaixo, segue o release com mais detalhes sobre o disco


CD "Pra Quem Gosta de Forró, Correia do Oito Baixos"

Trata-se de um trabalho inédito e autoral em sua totalidade, composto por 15 faixas voltadas diretamente às manifestações e ritmos específicos do forró autêntico. 
Arrasta-pés, xaxados, xotes, baiões e forrós dão a cadência do disco. 
Letras que falam de amor, de saudade, de alegria intensa, características maiores de um forró à pé-de-bode. Constam no CD duas homenagens que devem ser referenciadas: "Trinta Anos sem Lindú" é dedicada ao "Gogó de Ouro", apelido dado a Lindolfo Mendes Barbosa, cantor e sanfoneiro da primeira formação do Trio Nordestino, que nos deixou em 1982. Na música, também são citados os nomes de Cobrinha, Coroné, Luiz Mário, Beto e Coroneto, os três últimos membros da atual formação do Trio; a segunda homenagem é um forró instrumental composto por Correia em alusão a Coelho dos Oito Baixos, sanfoneiro sergipano que partiu no início do ano corrente. Ele atuava na Quadrilha Maracangaia, quadrilha sergipana de grande destaque nacional. Mais um forró instrumental, situado na faixa 14, dá nome ao álbum. Na capa, o destaque vai para a Igreja Matriz Nossa Senhora da Purificação, da cidade de Capela/SE, terra natal de Correia do Oito Baixos. Na contracapa podemos observar os componentes que acompanham Correia pelas estradas que levam aos forrós da vida. Da esquerda para a direita: Ray, zabumba; Cicinho, triângulo e voz; Correia, sanfona de oito baixos e vocal; Mamá, bateria e vocal; Antonio Carlos, filho de correia, contrabaixo, voz e vocal. Esperamos que gostem do nosso novo trabalho, feito exclusivamente "Pra Quem Gosta de Forró"!


A seguir, uma das faixas do disco, um forró instrumental em que Correia demonstra sua habilidade técnica e inspiração criativa.

Para obter uma cópia deste CD, basta entrar em contato com Antonio Carlos. correiabass@yahoo.com.br  
(79) 9996-7625
Também vale a pena acessar o blog: http://correiadooitobaixos.blogspot.com.br

19 de mai. de 2012

João Baptista Capelotto


Excelente artigo de Miguel Poberto Nítolo sobre a vida de João Baptista Capelotto, sanfoneiro de oito baixos ítalo-paulista pouco conhecido fora de sua circunferência regional de atuação.
Por Miguel Roberto Nítolo nitolo@uol.com.br

Edição 371 de 11/05/2012

Família Capelotto


A vida em oito baixos
O italiano João Baptista revelou-se um brilhante sanfonista, alegrando festas e tocando no rádio
Lavrador, funcionário público e benzedor contra quebrante eram algumas das atividades que marcaram sua vida e fizeram dele uma pessoa conhecida e popular. Mas foi como sanfoneiro que ele caiu nas graças dos são-manuelenses tal a frequência como se apresentava no rádio e nos festejos de aniversário e dias santos. João Baptista Capelotto não era nenhum Mário Zan, mas dedilhava sua sanfona de 8 baixos com desembaraço, qualidade que o elevaria à condição de instrumentista de encher as medidas. Para quem não sabe, o festejado Zan, que na verdade se chamava Mário João Zandomeneghi, foi um dos maiores acordeonistas em atividade no Brasil até sua morte, em novembro de 2006, aos 86 anos. Compositor, é dele o hino gravado em 1954 em homenagem ao quarto centenário da cidade de São Paulo. Por causa dessas credenciais e habilidades musicais, Mário Zan reunia uma infinidade de fãs, que procuravam tocar como ele ou, pelo menos, tirar de suas sanfonas o som que ele imortalizou.
João Baptista Capelotto era um desses seguidores, e apesar de não ter conhecido pessoalmente o grande mestre, se identificava com ele em alguns pontos: os dois eram italianos, tinham basicamente as mesmas preferências musicais e eram saudados como artistas de fato: Zan ganhou o título de "Rei da sanfona", dado por Luiz Gonzaga, que foi seu parceiro em algumas composições, e Capelotto ficou conhecido como "sanfoneiro de São Manuel".
De resto, foram diferentes em quase tudo. Capelotto, 25 anos mais velho (nasceu em 1895), emigrou para o Brasil com o propósito de trabalhar na lavoura de café e nunca abandonou o interior. Já Mário Zan, natural de Veneza, desembarcou em Santos, em 1924, aos 4 anos de idade, morou até os 12 em Catanduva, no noroeste do Estado e a 396 km da capital, e, aos 13 anos, fez sua estreia profissional em São Paulo. Gravou duzentas músicas e lançou trezentos discos de 78 rotações. 110 LPs e 50 CDs. E compôs mais de cem melodias.
Se tivessem dado a ele a oportunidade de também morar na cidade grande, é possível mesmo que Capelotto, quem sabe, houvesse se projetado como sanfoneiro. Mas como o destino reservou para ele um outro enredo, sua história no Brasil foi toda escrita em São Manuel, desde sua chegada ao país, na primeira década do século passado, até seu falecimento, aos 81 anos.
A Fazenda São José do Lageado figura entre as primeiras empregadoras locais do "sanfoneiro de São Manuel". Propriedade agrícola que pertencia às famílias Gomes e Mellão, e cujas terras eram quase que integralmente dedicadas ao cultivo de café, ficava a apenas 6 km da zona urbana. Quando Capelotto chegou para trabalhar naquela empresa agrícola, ela ocupava 55 alqueires e era dona de quase 100 mil cafeeiros.
É impossível determinar quanto tempo aquele imigrante esteve à disposição da São José do Lageado porque, simplesmente, não há apontamentos sobre essa passagem de sua vida. Assim como ninguém é capaz de afirmar se ele estava acompanhado de parentes ou de amigos quando se apresentou aos patrões. Sabe-se apenas que ocupou uma das quinze casas de sua colônia, residências que, a despeito da época, tinham água encanada. Os descendentes de Capelotto não se sentem seguros a opinar sobre as circunstâncias que envolveram seu desembarque em Santos, se ele veio sozinho para o Brasil ou desceu do navio na companhia dos pais. 
Seis mulheres – Se, de fato, viajou só, sua vida de solteiro acabou no dia em que conheceu Benedita Cândida do Espírito Santo, colona como ele, mas brasileira de nascimento. Trabalhadores rurais no período áureo do café, não precisaram muito para "juntar os trapos", como os antigos diziam. Lugar para se abrigar, ainda hoje um peso no orçamento do recém-casado, não era necessariamente um problema para aquela gente, considerando que, um século atrás, os fazendeiros disponibilizavam aos empregados casa em suas colônias.
Não foi diferente na Fazenda São José do Lageado, onde João Baptista e Benedita Cândida foram morar tão logo pronunciaram o aguardado "sim" no altar e, no cartório civil, colocaram suas assinaturas no livro que os tornariam doravante marido e mulher. Quando foi isso? Ninguém sabe. Os familiares residentes em São Manuel não dispõem de documentos, nada que possa servir de pista. Todavia, fazem alguns cálculos e chegam a uma conclusão mais ou menos óbvia partindo da data de nascimento de João Baptista. E afirmam, sem medo de errar, que "vô João e vó Benedita se uniram pelo matrimônio na segunda década do século passado, portanto, entre 1910 e 1920".
Trapos juntados e responsabilidade dobrada, o casal Capelotto se viu confrontado com uma rotina que é exclusiva das pessoas que fazem juras de amor e trocam alianças. Tudo mudou, menos as obrigações, que continuaram as mesmas de quando eram solteiros: pular da cama bem cedo, antes do sol nascer, preparar a boia e tomar o caminho da lavoura com a enxada no ombro e o picuá nas mãos.
João Baptista se deu bem na roça – é possível que seus pais tenham sido lavradores na Itália e ele, quando criança, mantido contato com algum tipo de cultivo, possivelmente videiras. É claro a cultura de café diferenciou-se de tudo o que havia visto até então, mas não criou embaraços para a sua adaptação na zona rural – assim como não complicou a vida a tantos outros imigrantes italianos.
Era comum que as fazendas reservassem aos colonos pequenos espaços onde eles formavam horta e pomar para consumo próprio. Nos primeiros anos de casados, e ainda empregados na São José do Lageado, João Baptista e Benedita Cândida cultivaram um pouco de tudo nessa porção de terra: arroz, feijão e milho, além de hortaliças e legumes, produtos que acabavam, invariavelmente, na mesa da família e o excedente permutado com outros colonos, comercializado na cidade ou negociado com os patrões.
Tempos mais tarde, o casal Capelotto trocou a fazenda pela "Chácara do Mellão", propriedade próxima da sede da comarca, portanto, a um passo do comércio e das escolas. Esse era um desejo alimentado pelo chefe da casa, que ele compartilhava com a esposa e os filhos maiores. Estavam todos ansiosos diante da porta que se abria e da expectativa de poder dar um outro rumo às suas vidas, virada que somente a cidade ia ser capaz de oferecer.
Nessa altura, os Capelotto formavam uma família de nove membros. João Baptista e Benedita Cândida haviam trazido ao mundo sete herdeiros, seis do sexo feminino e um do masculino: Maria, Inês, Isabel, Terezinha, Helena, Cinira e José. Com exceção de Helena, moradora da Cohab 1 e hoje aos 78 anos, todos já morreram. 
Caladão – Um dia, cansado da vida no campo, isto entre os anos 40 e 50, João Baptista decidiu que o momento de se transferir com a família para a zona urbana havia chegado. Ele ingressou no quadro de funcionários do Colégio Agrícola Dona Sebastiana de Barros, hoje Escola Técnica Estadual (ETEC) Dona Sebastiana de Barros, do Centro Paula Souza, e ali fez carreira, agora como funcionário público. "Ele começou plantando uva", relata o neto Walter Parenti, o "Parentinho", como é mais conhecido.
Foi então que passou a dar asas às suas habilidades musicais, especialmente depois de aposentado. "Se já tocava sanfona antes, depois, quando o tempo livre era maior, não deixava passar a oportunidade de difundir o seu trabalho", relata o neto Rubens de Camargo. E como ele fazia isso? Apresentando-se nos programas dominicais de auditório e de músicas sertanejas da Rádio Clube de São Manuel, então PRI-6. João Baptista também era presença obrigatória em festas juninas e de aniversários, enfim, lá ia ele fazer gemer o fole de seu instrumento sempre que convidado.
Rubens recorda-se que o repertório do avô era amplo, mas que ele nutria especial predileção pela música "Viva a mãe de Deus e nossa", (Viva a mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!). E nunca deixava de tocar em suas apresentações a melodia "Abra a porta e a janela", imortalizada pela dupla são-manuelense Tonico e Tinoco (Abra a porta e a janela, venha ver quem é que eu sô. Sô aquele desprezado, que você me desprezô). "Mas também executava à exaustão ´O bode`, de sua autoria", comenta "Parentinho".
Segundo os netos, o avô era uma pessoa calada, que falava o estritamente necessário. Todavia, se transmudava quando agitava o fole. Ficava alegre, cantarolava, batia o pé para dar ritmo e não deixava ninguém na mão. Atendia aos pedidos mesmo que a música solicitada não fosse de seu agrado ou lhe era desconhecida. "Ele saía de casa em direção à emissora de rádio, metido dentro de uma camisa de manga comprida e um vistoso chapéu branco na cabeça", diz Rubens.
João Baptista teve de abandonar a sanfona, a contragosto, por questões de saúde. "Foi paulatinamente perdendo a visão e, contrariado, nunca mais se apresentou em público" fala "Parentinho". Ele morreu em agosto de 1975, alguns anos depois de amargar o falecimento de Benedita Cândida, desgosto que, sabe-se agora, pode ter contribuído para acelerar os problemas visuais de que sofria.
Informações sobre o paradeiro dos sete filhos do casal Capelotto, fornecidas pelos descendentes que continuam residindo no município, dão conta de que cinco deles permaneceram em São Manuel, ao contrário de Inês e Isabel que, depois de casadas, seguiram para a capital. Maria, a mais velha e que ficou viúva muito cedo, preferiu viver na roça e terminou seus dias na Fazenda Natal, em Igaracu do Tietê; Terezinha, que se uniu pelo matrimônio a Pedro Rodrigues, empregado na "máquina dos Barros" (beneficiamento de café), foi mãe de Neusa, Luiz Carlos, Pedro e Rosa Maria; Helena, casada com Vicente de Camargo, ex-comerciário, empregado de firma de engenharia em São Paulo e reparador de fogões a gás em São Manuel, é mãe de Roberto (falecido), Rubens, Reinaldo, Roseli, Rosângela, Rosemare e Rogério; Cinira foi casada com Walter Parente, ex-funcionário do Colégio Agrícola, e mãe de Walter Antonio, Maria Helena, José Aparecido e Sílvio César; e José, também ex-funcionário do Colégio Agrícola, foi casado com Elza Erpe e pai de Benedito, Maria Cecília, Fátima, João e Antonio Donizete.


17 de mai. de 2012

O Calango no Vale do Paraíba

Amanhã, 18 de maio, às 14hs na UNI-RIO, Daniel Fernandes estará defendendo sua dissertação de mestrado sobre o Calango no Norte Fluminense. Abaixo, detalhes sobre o evento.

 "O Calango no Vale do Paraíba - estudos etnográficos em Duas Barras e Vassouras (RJ)", sob orientação de Elizabeth Travassos e Daniel Bitter. 

Após a defesa haverá uma apresentação com Silvino e Marli, calangueiros de Duas Barras. Com direito a uma pinga de lá.

Data: 18/05 - 14 hs
Local: UNIRIO - Av. Pasteur, 296 - Urca - prédio da música (IVL) - Sala Alberto Nepomuceno

Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis


Agradeço a Marcus Wolff pelo encaminhamento deste cartaz em melhor resolução! Todos estão convidados ao Encontro de Sanfoneiros deste ano, com direito ao show de encerramento com Toninho Ferragutti.

13 de mai. de 2012

João do Vale - o poeta do povo

Aos amigos do Rio de Janeiro ou em passagem pela cidade maravilhosa: está em cartaz no auditório da ABL (Academia Brasileira de Letras) o espetáculo "João do Vale, o poeta do povo". Reunindo atores-cantores e músicos, a peça narra momentos marcantes da história do emblemático compositor maranhense João do Vale (1934-1996).
Segue abaixo a ficha técnica do espetáculo.

JOÃO DO VALE - O POETA DO POVO

texto e direção: Maria Helena Kühner (a partir do livro de márcio Paschoal)
Direção musical: Marco Aurêh
Elenco: Milton Filho, Marcê Porena e Aldo Perrota
Músicos: Marco Aurêh, Leo Rugero, Rodnei Mariano e Dino Fernandes
Iluminação: Djalma Amaral
Videografismo: Jonas Kühner e Luis Mello
Adereços: Leonardo Batista
Produção: Ana Bertinnes e Rômulo RodriguesAssis
Assistente: Yago Boulhosa

O espetáculo, que estreou no dia 11 de maio, prossegue em curta temporada às segundas e sextas-feiras às 15:30hs na Academia Brasileira de Letras.


12 de mai. de 2012

Sextilha para Quinka dos Oito baixos por Antônio Sales.

O Quinca dos oito baixos
Tocava um forró bem quente
Estou triste com sua morte
Mas sinto que ele está presente
Subiu como um raio de luz
E a orquestra de Jesus
Ganhou mais um componente.


Antonio Sales.São Paulo. 

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6 de mai. de 2012

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5 de mai. de 2012

Millor Itabira - O Homem Banda



Como se já não bastasse uma sanfona de oito baixos e uma gaita de boca sendo tocadas conjuntamente, se acresce a isso, uma caixa, um bumbo e um pequeno prato pendurados sobre as costas, que podem ser acionados através de um interessante mecanismo em seus pés. Enquanto isso, ele ainda canta...Estamos falando de Millor Itabira, o "homem banda".
Eu estava passando pela Feira do chorinho, como é conhecida a feira da Rua General Glicério, em Laranjeiras, quando fui atraído por um som de sanfona ao longe. Enquanto cantava e executava sua banda ambulante, Millor  transitava entre os passantes, despertando  curiosidade e simpatia . Ao receber uma moeda de um real, sinaliza um simpático toque de campainha em agradecimento...
 Millor (pronuncia-se Milór) veio de Minas e atualmente mora em Guadalupe. Reencarna a figura mítica do homem-banda e seu pregão é "Alegria é o som nosso de cada dia". Na sanfona, ele busca traduzir músicas populares que aparentemente estão a léguas distantes da sanfona de oito baixos, tal como um reggae do Paralamas do Sucesso. Mas basta ouvir, para gostar do resultado estético da parafernália empreendida por Millor Itabira.

1 de mai. de 2012

7º Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis


O SESC Rio de Janeiro apresenta

7º Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis
Viva Gonzagão, o Rei do Baião

Centenário de Nascimento

Dias 18 e 19 de maio, no SESC de Teresópolis



Dia 18 (sexta)

- 18h no teatro: Palestra "A História do Acordeon no Brasil" com o pesquisador Leonardo Rugero e homenagem a cantora Carmélia Alves, Rainha do Baião.

Logo depois o show "Sanfonas da Serra" com Léo Rugero (Petrópolis), Cândido Neto e Alex Wey (Teresópolis), e Charles do Acordeon (Nova Friburgo).

- 21h no SESC Café: Grande Forró Tradição com os sanfoneiros Seu Zé Lopes, Seu Édson do Acordeon, Seu Timbira e Batista do Forró.




Dia 19 (sábado)

- 17h no teatro: Apresentação de quinze sanfoneiros de Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, São José do Vale do Rio Preto, São Fidélis e Rio de Janeiro, e o encontro de três gerações do acordeon.

Logo depois grande Show de encerramento com um dos maiores acordeonistas do Brasil Toninho Ferragutti de São Paulo.

Entrada Franca


Acordeonistas com presenças confirmadas

De Teresópolis:

Alex Wey
Seu Timbira
Édson do Acordeon
Cândido Neto
Zé Lopes
Sônia Pries
Daniel Vieira

Outros Municípios:

Léo Rugero (Petrópolis)
Charles do Acordeon (Nova Friburgo)
Batista do Forró (São José do Vale do Rio Preto)
Geraldo Pereira (São José do Vale do Rio Preto)
Norma Nogueira (Rio de Janeiro)
André Gandra (São Fidélis)
Toninho Ferragutti (São Paulo)


Produção Cândido Neto

Festejos para o dia do acordeon

Olá amigos,

segue abaixo a programação do evento promovido pelo Conservatório Pernambucano de Música e pela Secretaria de Educação de Pernambuco em torno do "Dia do acordeon". A programação reúne alguns eminentes representantes do acordeom no Brasil, em palestras, oficinas e apresentações. Excelente dica para quem estiver em Recife nos próximos dias. Segue abaixo a programação da mostra, que homenageia o querido e saudoso Luiz Gonzaga, que reescreveu a história do acordeom no Brasil. Destacamos a presença de Luizinho Calixto e Lêda Dias, apresentando o fole de oito baixos em oficina sobre o instrumento.