30 de jun. de 2014

Sanfona de Oito Baixos - Mapas de afinação natural

Muito legal esta página com os mapas do acordeon diatônico em duas fileiras de botões na afinação natural em Sol/só, dó/fá ou lá/ré e a formação dos principais acordes. Clique abaixo para acessar a página

http://leandron.github.io/accordion-map/index.html


24 de jun. de 2014

Aulas de Sanfona de Oito Baixos - Estilo Nordestino

Muitas pessoas visitam nosso blog em busca de informações sobre aulas de sanfona de oito baixos. Não são muitos os professores deste instrumento e não há nenhuma relação destes mestres na Internet. Atualmente, há dois pólos especializados no ensino de sanfona de oito baixos em estilo nordestino, a Escola de Sanfona de Oito Baixos deCaruaru  e o pólo de ensino de sanfona de oito baixos em Campina Grande.

 Então, segue aqui um primeiro esforço de listar os sanfoneiros e o contato de email, por motivo de segurança e privacidade. Vale citar que nesta lista estão apenas os sanfoneiros que se dedicam ao estilo nordestino em afinação transportada, considerando que tanto o sanfoneiro Truvinca, em Recife, como Léo Rugero, no Rio de Janeiro, utilizam as duas afinações mais conhecidas, a transportada (nordestina) e natural (gaúcha).

Nordeste:

Campina Grande, Paraíba -Luizinho Calixto - luizinhocalixto@hotmail.com
Caruaru - Heleno dos Oito Baixos - contatos com sua filha, Lenilda Veríssimo - leniverissimo@hotmail.com
Ivison Santos - pode ser localizado no facebook https://www.facebook.com/ivisonsantossilva.santos?fref=ts
Crato - Guilherme Maravilhas (Mará) - guilherme.maravilhas@gmail.com
Recife - Truvinca - não dispõe de contato por email, não sabemos como localizá-lo atualmente.

Sudeste:

Guarulhos, São Paulo - Heleno dos oito baixos - contatos com sua filha, Lenilda Veríssimo - leniverissimo@hotmail.com
Embu das Artes, São Paulo - Lene dos Oito Baixos
Rio de Janeiro - Léo Rugero - leorugero@gmail.com



Bem, podem existir outros sanfoneiros de oito baixos desenvolvendo atividade de ensino do instrumento no estilo nordestino, mas, por hora, desconhecemos. Excelentes instrumentistas como Zé Calixto, por exemplo, não ensinam, a não ser para seus discípulos e amigos diretos. Portanto, caso alguém saiba de algum sanfoneiro especializado na afinação transportada em atividade profissional na área educacional, entre em contato conosco.

21 de jun. de 2014

Em defesa da memória de Arlindo dos Oito Baixos


Em defesa da memória de Arlindo dos Oito BaixosFamiliares, amigos e músicos tentam manter viva a tradição dos oito baixos em Pernambuco

AD Luna - Diarios Associados
Publicação: 20/06/2014 16:00 Atualização: 20/06/2014 18:59
Foto: Julio Jacobina/DP/D.A Press
Foto: Julio Jacobina/DP/D.A Press
Em outubro do ano passado, a voz e a sanfona de Arlindo dos Oito Baixos silenciaram. Nascido em 1942, na cidade de Sirinhaém, Mata Sul de Pernambuco, o músico era um dos grandes mestres desse instrumento de difícil execução. Oito meses depois da partida dele, familiares, amigos e músicos tentam manter viva a tradição dos oito baixos em Pernambuco.
Um dos grandes sonhos de Arlindo era fazer o maior número de discípulos musicais possível. Ele costumava dar aulas particulares em sua casa, no Bairro de Dois Unidos, e queria ver crianças e jovens da sua comunidade tocando.

Arlindo transformou o quintal de sua casa em espaço para apresentações. No Forró de Arlindo, que funciona no quintal de sua casa, ele costumava tocar para e com os amigos e fazer o povo se divertir ao som da sua arte. Além das festas, que neste mês ocorrem semanalmente, a família do cantor e sanfoneiro deseja abrigar uma escola e um memorial no espaço.

Na parte educacional, a ideia é oferecer cursos de zabumba, triângulo, canto, dança e, claro, de sanfona. Quanto ao museu, Raminho da Zabumba, filho do sanfoneiro, conta que a família está reunindo e catalogando materiais relacionados à memória de Arlindo dos Oito Baixos. "Tem muita gente que liga pedindo pra conhecer o local, até em dias de semana”, expõe.

Segundo Raminho, seu pai tentou fazer parceria com governos municipal e estadual para ampliar o trabalho, mas não obteve sucesso. Outra dificuldade para levar o ensino do instrumento amado por Arlindo é dificuldade em tocar o instrumento. “Muitos desistiam de tocar a sanfona de oito baixos e mudavam para a de 120, que é mais fácil”, expõe.

Em família
O sanfoneiro, cantor e compositor Aécio dos Oito Baixos, 56 anos, tem marcado presença no Forró de Arlindo, durante os domingos à tarde. Ele é irmão do mestre criador da festa e tenta levar à frente a tradição dos oito foles. “Quando peguei na sanfona, pela primeira vez, tinha 12 anos. Mas meu pai não deixou”, relembra.

O irmão Arlindo bem que tentou incentivá-lo nessa época, doando-lhe uma sanfona de oito foles. “Eu achava bonito ele tocar. Meu pai não queria, dizia pra eu estudar e acabou vendendo o instrumento”, lamenta Aécio, que mora em Ponte dos Carvalhos, distrito de Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife.
Aécio se aquietou por uns tempos. Depois que seu progenitor partiu, se voltou novamente para a sanfona. “Faz uns 15 anos. Já tava casado. Isso atrapalhava um pouco porque você tem outra vida e não pode se dedicar totalmente”, conta.

No entanto, com persistência e ajuda do irmão, ele foi evoluindo e hoje se diverte e diverte os outros tocando com uma banda que montou para lhe acompanhar. Possui três CDs, sendo que o último, Eu e tu, foi feito em parceria com Arlindo dos Oito Baixos.

O dinheiro dos shows, porém, é pouco. A maior parte do seus sustento vem do trabalho como protético.  Aécio é casado há 31 anos, tem dois filhos e um neto.

entrevista//Lêda Dias
A pesquisadora e cantora foi uma das privilegiadas alunas de Arlindo dos Oito Baixos. Ela define como “riquíssima” a experiência de aprendizado que teve com o artista. “Não foi uma experiência de aprendizado comum. Envolveu uma vivência como os antigos faziam, de aprendiz e mestre de ofício, de tradição oral, como ainda ocorre o aprendizado do fole de 8 baixos em geral”.
Foto: Breno Laprovitera/Divulgação
Foto: Breno Laprovitera/Divulgação


De que forma a herança artística de Arlindo tem sido perpetuada?Através de suas gravações e dos seus intérpretes. Mas precisamos reforçar essa memória musical, porque parece que o instrumento está novamente entrando numa fase de esquecimento. Há algum tempo temíamos que o fole de 8 baixos fosse completamente esquecido. O próprio Arlindo fez esse apelo, para que não deixássemos o fole morrer. Depois, houve um interesse crescente sobre a sanfona de 8 baixos, e muitos sanfoneiros se animaram, colocaram o fole no peito, e muitos começaram a pesquisar e produzir conteúdo sobre o pé-de-bode. Hoje vejo muitos sanfoneiros se queixando que não tem mais palco. Quantos vemos tocando no São João? No próprio palco que tem o nome de Arlindo, em sua homenagem, quantos vão tocar? Se não houver um empenho de preservação de um instrumento tão importante, o que garantirá a sua continuidade?

Quem seriam os principais continuadores da tradição da sanfona de oito baixos em Pernambuco e no Nordeste?Em Pernambuco temos Baixinho dos 8 Baixos em Vicência, que não vive só da música, mas também trabalha como mestre de obras. Em Salgueiro temos Antônio da Mutuca, que também vive da roça. Alguns estão tentando ensinar aos mais jovens. Nego do Mestre em Salgueiro e o próprio Baixinho em Vicência. Em Campina Grande tem Luizinho Calixto ensinado. Mas é preciso que formemos novos públicos, novos instrumentistas.

19 de jun. de 2014

Em memória de Negrão dos Oito Baixos


Sempre admirei o trabalho de Negrão dos Oito Baixos, desde que tomei conhecimento de seu trabalho. Instrumentista inventivo, aprecio particularmente a primeira fase de sua carreira, com ênfase mais instrumental. Sua destreza é lembrada por Zé Calixto, que afirmou por vezes que ele foi o principal sanfoneiro de oito baixos vindo da Bahia, ao lado do filho mais afamado deste estado, Pedro Sertanejo. Enock Lima me disse que Gonzagão gostava muito de seu dedilhado e parece que o rei do baião sabia das coisas. Infelizmente, sei pouco a respeito deste mestre do instrumento, e fico feliz que a matéria abaixo referencie o documentário "Com Respeito aos Oito Baixos". Se Negrão dos Oito Baixos foi lembrado é porque jamais haveria de ser esquecido. Onde quer que estejas, será semmpre fonte de inspiração aos sanfoneiros de oito baixos de hoje, ontem e sempre. Segura o fole Negão, que ele é seu.

                                                                                                                                  Léo Rugero
  

Água Fria – Comunidade onde nasceu e viveu Negão dos Oito Baixos quer mais apoio

maio 10, 2014 em Sem categoria
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A equipe do Girando Pela Bahia, visitou a Fazenda Jacaré, em Água Fria, distante 20 km da sede do município, as margens da principal estrada de acesso ao distrito de Pataíba, onde nasceu André Araújo, mais conhecido por Negão dos Oito Baixos, um dos inúmeros instrumentistas brasileiros à espera do merecido reconhecimento póstumo pelo conjunto de sua obra como destacado instrumentista, cantor e compositor. Negão morreu a dezenove anos vítima de câncer.
O GB encontrou o ex-vereador Jacó Cardoso da Silva (PMDB), hoje membro da Igreja Batista Lírio dos Vales, cantor gospel, gravou dois CDs evangélicos, mas não esquece do período que trabalhou fazendo a segunda voz no grupo de forró liderado pelo cunhado sanfoneiro, Negão dos Oito Baixos. Além de Jacó, Laudelino e Clemente, irmãos de Negão, também integrava o grupo.   
IMG-20140509-WA0010Jacó (foto) contou que o Negão ganhou muito dinheiro e naquele tempo trazia dentro de “sacolas”, pois não tinha risco de assalto. Ele lamenta apenas a falta de respeito das gravadoras que não pagavam o que é justo para o Negão e lembrou que foram gravados em São Paulo 21 LPs. Negão não deixou filhos.
Muito amigo de Luiz Gonzaga, Jacó disse que uma das últimas viagem que fez ao lado do Negão fora do estado, foi em 1989, foi a cidade de Juazeiro do Norte, para participar do velório e enterro do rei do Baião. Ele se emocionou ao falar sobre o enterro acompanhados por mais de 50 mil pessoas e cantou o estrofe de uma das músicas do Rei: “Minha vida é andar por esse país pra ver se um dia descanso feliz Guardando as recordações das terras onde passei. Andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei”.
Negão morreu ao cinquenta anos e o último show foi realizado durante uma festa de Vaqueiros no Parque Manelito Argolo, em Entre Rios. Ao sentir mal, foi para São Paulo e depois voltou para Salvador, onde morreu.
Músicas conhecidas gravada pela gravadora Beverly, como selo AMC, no ritmo arrasta-pés “Quero me casar” e “Noite de São João”, contando com a participação especial da dupla caipira Mestiça e Zulmara, fizeram muito sucesso e Jacó disse que foi um disco muito bem produzido, com um instrumental afiado composto por violão, cavaquinho, afoxé, agogô, triângulo e zabumba.
 O Negão foi lembrado no documentário ” respeito aos Oito Baixos”, um documentário do músico e pesquisador Léo Rugero, realizado através do Prêmio Centenário de Luiz Gonzaga 2012. O filme narra a trajetória da sanfona de oito baixos na música nordestina, contando com o depoimento de sanfoneiros e pesquisadores como Zé Calixto, Luizinho Calixto, Geraldo Correia, Anselmo Alves e Lêda Dias  e foi filmado nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro, consiste em um belo documento sonoro e visual da música nordestina. Para adquirir um exemplar do DVD, entre em contato conosco.
André Araújo, mais conhecido como “Negrão dos Oito Baixos” foi um sanfoneiro baiano que atuou principalmente em São Paulo, aonde desenvolveu intensa carreira profissional desde o início da década de 1970 até o final dos anos 80, quando veio a falecer.
IMG-20140509-WA0015A comunidade onde viveu o Negão – Líderes das comunidades ao entorno a Fazenda da Jacaré, estiveram reunidos com o vereador Wagner Carneiro Ribeiro (PP), discutindo os problemas que envolve a região, ou seja, as comunidades de Bate e Não Escuta e Nova, que sofrem com a falta d’água, e estrada. Wagner destacou a força econômica da região, principalmente na questão da agricultura familiar e falta estrada de qualidade para escoamento dos seus produtos.
Redação: Girando pela Bahia

18 de jun. de 2014

Cezar Ferreira - Oficina de Gaita-Ponto

O gaiteiro gaúcho Cezar Ferreira realizará uma oficina de gaita-ponto de 8 baixos neste mês de julho. Imperdível para os estudantes e apreciadores da arte da gaita-ponto no Sul. Na ocasião, também será exibido o filme "Com Respeito aos Oito Baixos".


10 de jun. de 2014

XIII Fórum de Forró encerra ao som da sanfona dos oito baixos


09/06/14 - 09h13

XIII Fórum de Forró encerra ao som da sanfona dos oito baixos

Durante três dias o XIII Fórum de Forró, com o tema "Forró Temperado", inspirado na música que ficou conhecida
na voz da cantora Elba Ramalho, reuniu forrozeiros, artistas, compositores e interessados da área, no Teatro Atheneu.
O Fórum, este ano, homenageou cinco ícones: o sanfoneiro, Zé Calixto, os compositores Antônio Barros e Cecéu,
o  cantor e compositor, Rogério e cantor e compositor, Edgard do Acordeon.
"A escolha do tema desta edição deve-se a importância da valorização do artista como compositor.
O Forró Temperado é uma música bastante conhecida em todo Brasil e é de autoria da paraibana Cecéu.
 A musicalidade nordestina tem ultrapassado limites há muito tempo e com o Fórum de Forró podemos
 homenagear e reconhecer a importância do artista e discutir nossa cultura", justificou a vice-presidente
 da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (SEC/Funcaju), Aglaé Fontes.
Entre os dias 4, 5 e 6 de junho foi debatido a identidade da música genuinamente nordestina e sua
relevância na história de um povo que encanta através dos diversos ritmos. "Desde 2001 participo
do Fórum de Forró, sou pesquisador da cultura popular e encontro aqui uma riqueza de histórias e tradição.
Poder conferir a mesa redonda, palestras, homenagens para os grandes nomes da música popular nordestina
é um momento de agregar conhecimento, além de assistir as apresentações musicais com grandes encontros
como Luizinho Calixto e Robertinho dos Oito Baixos é para ser gravado para sempre", explicou o professor
de história, André Vieira Santana.
De acordo com o idealizador do Fórum de Forró, Paulo Corrêa este evento teve como objetivo estudar a música
nordestina, além de propagar conhecimento. "Sempre pensei em um espaço para discussão e valorização
 da música nordestina. As letras das músicas, os instrumentos, os personagens, além de envolver os interessados
 do tema, fazem com que a gente conheça nossa própria história cultural", disse.
"Estou muito feliz em participar desta edição do fórum. São anos tocando com os maiores nomes da música nordestina,
este é um momento de agradecer a todos que fazem parte deste evento, primeiro pela homenagem e depois
 por valorizar o artista e inspira outras pessoas. Muito obrigado", salientou o instrumentista dos oito baixos, Zé Calixto.
A novidade desse ano foi à oficina "Sanfona dos Oito Baixos", ministrada pelo Luizinho Calixto, um dos principais
nomes deste seguimento. "É gratificante ver que a sanfona dos oito baixos está viva. Existem pessoas
interessadas em aprender e levar adiante esse instrumento típico do Nordeste.
 Participar do Fórum trazendo pela primeira vez esta oficina é ótimo, porque reúnem interessados e músicos", disse.
A noite de homenagens e resgates históricos contou ainda com a palestra do escritor Léo Rugero.
 "É raro momentos como este, que abrem espaço para debater sobre o forró. Discutir a respeito deste instrumento 
e resgatar toda a tradição, permite que a nova geração conheça e possa pesquisar sobre a sanfona dos oito baixos", 
disse.
O XIII Fórum do Forró encerrou com os agradecimentos da vice-presidente da Funcaju, Aglaé Fontes e entrega 
dos Troféus Gerson Filho, além da participação musical da dupla Antônio Barros e Cecéu cantando a música
 "Forró Temperado" e o encontro musical mais esperado da noite com Robertinho dos Oito Baixos, Luizinho Calixto, 
Zé Calixto, Léo Rugero e os alunos da oficina "Sanfona dos Oito Baixos".


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