Visitando o excelente site Jangada Brasil
me deparei com esta matéria anônima que data de 1977. Sim, já se passaram mais de três décadas, e o texto anunciava a possível absorção do Calango pelos meios de comunicação de massa. De fato, houve esta tentativa por parte da indústria fonográfica, sendo relativamente comum a inclusão de calangos no repertório fonográfico, a exemplo de Martinho da Vila com o "Calango Vascaíno". Porém, passado o tempo, Calango, para a maioria das pessoas, continua sendo o nome do lagarto ainda abundante no estado do Rio de Janeiro. O gênero permaneceu circunscrito a esfera das músicas de tradição oral, não conquistando sua inclusão enquanto segmento da música popular "engarrafada". No repertório do Calango fluminense, a sanfona de oito baixos desempenha um papel primordial, não somente como instrumento acompanhador dos desafios - já que o Calango é primordialmente, um gênero pautado pelo desafio de "calangueiros", mas também como instrumento solista. Portanto, é possível detectar um repertório instrumental de Calango, como já mostramos aqui neste blog através do saudoso sanfoneiro petropolitano João Torquato.
No entanto, resta aqui a pergunta: - Por que o Calango não foi absorvido pela cultura "de massa"?E, caso isso tivesse ocorrido, quais teriam sido os benefícios dos calangueiros?
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