30 de nov. de 2013

Pé Duro dos 8 Baixos no Quarta Parada



Raridade postada pelo amigo Everaldo Santana no youtube. Compartilho aqui em homenagem ao sanfoneiro Pé Duro, que fez sua passagem recentemente. Que beleza de forró!

27 de nov. de 2013

1o Encontro de Sanfonas de 8 baixos de Seu Januário


Olha aí pessoal, mais uma conquista da sanfona de oito baixos!

Dentro da programação do Festival Pernambuco Nação Cultural 2013 já está confirmado o primeiro "Encontro de Sanfonas de 8 baixos do Seu Januário", que será realizado na Fazenda Araripe, localizada em Exu, outrora morada da família Gonzaga.
Viva os oito baixos de Januário!!!
Para mim, será uma honra, não apenas estar exibindo o filme "Com Respeito aos Oito Baixos" novamente em Exu, bem como estar ao lado de meu mestre Zé Calixto e de Luizinho Calixto, dois expoentes máximos do fole de oito baixos nordestino.
O evento também contará com a participação de Seu Bilino de Moreilândia, último remanescente do fole de oito baixos no sertão do Araripe.

Vamos em frente!!!

DIA 12 DE DEZEMBRO – QUINTA – FEIRA

I Encontro de sanfonas de 8 Baixos de Seu Januário.
Falando com Arlindo, Severino, Chiquinha, Zé Gonzaga
Programação
16horas: Roda de prosa com Sanfoneiros de 8 baixos e pesquisadores e homenagens aos seguidores dos 08 baixos
18horas: Exibição do Documentário e Livro “Com respeito aos 8 baixos” do Cineasta e sanfoneiro Léo Rugero;
20horas: Show com Bilino dos 8 baixos
22horas: show com: Zé Calixto, Luizinho Calixto e Leo Rugero
Local: Fazenda Araripe
1

21 de nov. de 2013

Os 8 Baixos do Leo Rugero



Published on Nov 20, 2013 texto de Everaldo Santana
Leo Rugero é Cineasta e Músico; há mais de 5 anos que ele está envolvido com projetos em prol da Sanfona de 8 Baixos. Primeiro escreveu um livro e agora fez um filme "Com Respeito aos 8 Baixos" onde narra toda a trajetória da Sanfona de 8 Baixos, passando por Januário pai do Luiz Gonzaga, João de Deus pai do Zé Calixto, e todos os Sanfoneiro da Família Calixto. O filme tem as participações de membros da Família Gonzaga, família Calixto, Abdias, Geraldo Correia, Antonio da Mutuca e vários outros Sanfoneiros. O filme foi rodado nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro. O Leo já apresentou o Filme no Nordeste, Rio de Janeiro e veio a São Paulo para apresentar o Filme durante o Festival Rootstok.
Estive com o Leo Rugero no festival Rootstok e senti que temos algo em comum: gostamos demais da Sanfoninha de 8 Baixos. Ele começou tocando 8 Baixos com afinação Natural no estilo "Gaita Ponto" usado no Sul do Brasil. Como ele narra no seu Filme, depois que conheceu Zé Calixto sua vida mudou e passou a gostar mais ainda do Fole de 8 Baixos. Comprou outra Sanfona e deu para Arlindo dos 8 Baixos fazer o transporte de afinação no estilo nordestino, a mesma afinação usada pela grande maioria dos tocadores de 8 Baixos inclusive o próprio Arlindo, Zé Calixto, Geraldo Correia e muitos outros. Atualmente o Leo toca em duas afinações diferentes da Sanfona de 8 Baixos e ministra aulas deste instrumento; ele esta envolvido em um projeto da Secretaria da Cultura do Rio de Janeiro.
Após sua apresentação no Rootstok o Leo saiu do palco tocando junto com o Lene dos 8 Baixos numa passeata pelo Parque até o Auditório onde seria exibido o seu Filme.

O Filme "Com Respeito aos 8 Baixos" é um presente aos simpatizantes do "Pé de Bode"; o Leo me presenteou com um exemplar do filme, e ao vê-lo novamente em casa me emocionei novamente; é um belíssimo trabalho. Parabéns ao Leo e toda sua equipe de produção.

20 de nov. de 2013

Lene dos 8 Baixos - No Festival Rootstok 2013





Publicado em 18/11/2013  texto de Everaldo Santana

No dia 16 de Novembro estive no Festival Rootstok no município de Juquitiba em São Paulo. Este ano o Rootstok ocorreu nos dias 15, 16 e 17 de Novembro de 2013. Esta é a primeira vez que vou ao Rootstok e gostei bastante; é um Mega evento em prol do Forró Pé de Serra e conta com a participação das melhores Bandas de Forró do Brasil. Fui convidado pelo Ivan Dias organizador deste evento que me pediu para convidar alguns Sanfoneiros de 8 Baixos pois o Músico e Cineasta Leo Rugero viria ao Festival para apresentar o seu Filme "Com Respeito aos 8 Baixos". Convidei então alguns dos meus amigos Sanfoneiros de 8 Baixos que não puderam ir alegando motivos particulares.
Fui então com o Lene dos 8 Baixos, o zabumbeiro Pinguim e o ritmista Aparecido, ambos forrozeiros da velha guarda que tocaram e gravaram com Zé Paraíba e Trio Nortista.
O Lene dos 8 Baixos tocou músicas de sua autoria e depois saiu do palco tocando junto com o Leo Rugero levando o pessoal para assistir ao filme no Auditório do Parque.
Para mim o Filme "Com Respeito aos 8 Baixos é um excelente trabalho sobre a Sanfona de 8 Baixos; um trabalho pioneiro que levou 5 anos para ficar pronto.
A Sanfona de 8 Baixos não é um instrumento comercial, por isso tem pouca divulgação, mas existem muitos simpatizantes como os jornalistas Anselmo Alves e Leda Dias, a família Calixto que praticamente todos os seus membros tocam Fole de 8 Baixos, o próprio Leo Rugero que vem lutando contra a extinção desta Sanfoninha. Eu gosto muito do Fole de 8 Baixos, e apesar de possuir sanfonas há mais de 20 anos, não aprendi a tocar; portanto faço a minha parte gravando vídeos de Sanfoneiros de 8 Baixos e postando na Internet.

19 de nov. de 2013

Leo Rugero - No Festival Rootstok 2013



Publicado em 18/11/2013 texto de Everaldo Santana

Obrigado Everaldo Santana, por ter prestigiado as apresentações de sanfona de oito baixos e o lançamento do filme "Com Respeito aos Oito Baixos" no Festival Rootstock 2013, captando e editando trechos das apresentações de Léo Rugero e Lene dos Oito Baixos. Fundamental a presença de pessoas como você para fortificar o reaquecimento do fole de oito baixos no contexto dos forrós.


Leo Rugero é Cineasta e Músico; há mais de 5 anos que ele está envolvido com projetos em prol da Sanfona de 8 Baixos. Primeiro escreveu um livro e agora fez um filme "Com Respeito aos 8 Baixos" onde narra toda a trajetória da Sanfona de 8 Baixos, passando por Januário pai do Luiz Gonzaga, João de Deus pai do Zé Calixto, e todos os Sanfoneiro da Família Calixto. O filme tem as participações de membros da Família Gonzaga, família Calixto, Abdias, Geraldo Correia e vários outros Sanfoneiros. O filme foi rodado nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro. O Leo já apresentou o Filme no Nordeste, Rio de Janeiro e veio a São Paulo para apresentar o Filme durante o Festival Rootstok.
Estive com o Leo Rugero no festival Rootstok e senti que temos algo em comum: gostamos demais da Sanfoninha de 8 Baixos. Ele começou tocando 8 Baixos com afinação Natural no estilo "Gaita Ponto" usado no Sul do Brasil. Como ele narra no seu Filme, depois que conheceu Zé Calixto sua vida mudou e passou a gostar mais ainda do Fole de 8 Baixos. Comprou outra Sanfona e deu para Arlindo dos 8 Baixos fazer o transporte de afinação no estilo nordestino, a mesma afinação usada pela grande maioria dos tocadores de 8 Baixos inclusive o próprio Arlindo, Zé Calixto, Geraldo Correia e muitos outros. Atualmente o Leo toca em duas afinações diferentes da Sanfona de 8 Baixos e ministra aulas deste instrumento; ele esta envolvido em um projeto da Secretaria da Cultura do Rio de Janeiro.
Na sua apresentação no Festival Rootstok o Leo tocou músicas do Januário pai do Gonzagão e até Forró do Zé Calixto.

1 de nov. de 2013

Zé Calixto e Léo Rugero na escola de música Villa-Lobos

Por iniciativa de Norma Nogueira e Nerisa Aldrigui, foram realizadas duas apresentações com ênfase na arte da sanfona de oito baixos, na Escola de Música Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, nos dias 23 e 25 de outubro. No dia 23, além da exibição do filme "Com Respeito aos oito baixos", houve a apresentação de Léo Rugero com o grupo Guaracha Forrozeira, apresentando uma fusão entre o forró e ritmos latinos como o merengue e a cumbia, de certo modo, atualizando e revitalizando uma experiência sonora inicialmente idealizada pelo sanfoneiro Abdias na virada da década de 1970, que se refletiu em discos como "Na Ginga do Merengue"e que repercutiu nos repertórios de sanfoneiros como Geraldo Correia, Arlindo dos Oito Baixos e até mesmo Zé Calixto, que gravou alguns merengues no disco "8 baixos de ouro", lançado pela Fontana, em 1972. Além de Léo Rugero, a Guaracha Forrozeira é composta por Lars Hockerberg (sanfona de 120 baixos), Rodrigo Sebastian (baixo elétrico), Milena Sá (pandeiro e zabumba), Victor Guiraldo (congas) e Mackio Gabriel (timbalito). No dia, o grupo contou com as participações especialíssimas de Enock Lima (triângulo), Henry Lentino (bandolim) e Rodrigo "Biscoito" (rabeca).
No dia 25, foi a vez de Zé Calixto, que ao lado de Valter Silva (violão de sete cordas) e Elias (pandeiro) realizou uma apresentação inesquecível, lembrando êxitos de sua profícua carreira fonográfica. A apresentação contou com as participações de Léo Rugero (sanfona de oito baixos) e Rodrigo "Biscoito" (rabeca).
Enfim, foi inesquecível esta verdadeira "Festa dos Oito Baixos". Que, daqui em diante, possam ocorrer novos eventos trazendo à baila a belíssima arte do fole de oito baixos!
Abaixo, os cartazes e algumas fotografias do evento.


Léo Rugero e Zé Calixto (foto: Luzia de Mendonça)



A Guaracha Forrozeira (foto: Kenavo Junti)

                                                  Zé Calixto e Valter Silva (foto: Luzia de Mendonça)


 
Elias, Léo Rugero, Zé Calixto e Valter Silva (foto: Luzia de Mendonça)



25 de out. de 2013

Arlindo dos Oito Baixos (1941 - 2013)



Arlindo dos Oito Baixos (1941 - 2013)
 Léo Rugero

Arlindo Ramos Pereira nasceu em Engenho Rubi, Pernambuco, no dia 16 de abril de 1941. Conhecido artisticamente como Arlindo dos oito baixos, se tornou uma das principais referências do instrumento.
Seu primeiro contato com a sanfona de oito baixos foi através de seu pai, José Ramos Pereira, um carpinteiro especializado na confecção de rodas e cangas de carroça. Com a idade de 10 anos, Arlindo começou “a mexer” no instrumento, contrariando seu pai.Conheci Arlindo dos Oito Baixos em agosto de 2009, durante a pesquisa de campo que engendrou minha dissertação de mestrado sobre a sanfona de oito baixos na região Nordeste. Foi Zé Calixto quem sugeriu que o procurasse. Então, chegando à Recife, a casa de Arlindo, no bairro de Dois Unidos, foi a primeira parada de viagem. Lembro de minha alegria ao chegar àquela casa, misto de residência, casa de forró, oficina e escola. A vida de Arlindo era o forró e a sanfona, tudo girava ao redor disso. Portanto, aquele ambiente era um verdadeiro centro desta irradiação sonora. O propósito inicial era gravar uma entrevista, o que acabou não funcionando...marinheiro de primeira viagem, não havia me atentado ao fato de que em Recife, as tomadas são ajustadas para 220 volts. Coloquei minha mesa de som na tomada e instantâneamente, Arlindo comentou: - estou sentindo um cheiro de queimado...Não deu outra...minha fonte, ajustada para os 110 volts utilizados no Rio de Janeiro foi carborizada. Porém, tive sorte. Não perdi a mesa de som que sobreviveu intacta e ainda ganhei a oportunidade de retornar à casa de Arlindo algumas vezes para refazer a entrevista e até mesmo fazer "negócio", pois acabei comprando uma de suas sanfonas, a velha Hohner em afinação transportada,  instrumento que desde então me acompanha em minha travessia sonora.
Lembrar de Arlindo Ramos Pereira é recordar de uma figura simples, afável, o "mestre do Beberibe" como Gonzaga o definiu, filho da zona da mata pernambucana, que conservou ao longo da existência de muitas lutas, conquistas e agruras, a calma e sabedoria de um menino dos canaviais, sempre aberto às descobertas e as diferenças.
Pensar em Arlindo é lembrar também da generosidade de Luiz Gonzaga, verdadeiro rei que sabia como ninguém reconhecer os talentos que sem a sua mão, poderiam estar imersos na poeira dos sertões. Pois lembro da história que Arlindo sempre contava de como e quando conheceu Gonzagão.  Foi numa das apresentações de “Coruja e seus tangarás”, que Arlindo teve a oportunidade de conhecer aquele que seria seu padrinho artístico, Luiz Gonzaga. Arlindo se lembra do impacto de ter conhecido o “Rei do baião”, quando o grupo realizou a abertura de uma apresentação de Gonzaga em Recife.

"Depois da nossa apresentação, eu fiquei defronte ao palco esperando o Luiz Gonzaga. Aí ele chegou com a sanfona e começou a tocar. Depois de trinta minutos, ele disse: “Eu vou chamar a Marinês.” Aí, Marinês subiu ao palco. Então, Gonzaga disse: “Cadê eu pra acompanhar Marinês? Eu só gosto de acompanhar as minhas músicas”. Aí, o Coruja disse: “Gonzaga, o meu sanfoneiro tá aí. Se você quiser, eu chamo ele”. Gonzaga então disse: “Chame ele”. Coruja me chamou, eu tava bem de frente pro palco, aí subi. Eu acompanhei Marines em três músicas".

Luiz Gonzaga, além de ter apreciado a performance de Arlindo, soube que o sanfoneiro era um bom artesão. De fato, Arlindo havia aprendido com seu padrinho o ofício de restauro e afinação de sanfonas. Sendo assim, Gonzagão tratou um conserto com Arlindo, para que fossem afinadas algumas notas. No dia seguinte, conforme o combinado, Luiz Gonzaga foi à casa de Arlindo, então localizada na Avenida Beberibe. Segundo Arlindo, “ele chegou lá às dez horas, eu nem acreditava que ele ia. Ele levou a sanfona para eu ajeitar a voz que estava ruim”. Concluído o conserto, Luiz Gonzaga aprovou a afinação e perguntou a Arlindo quanto era o serviço. Arlindo, então lhe respondeu: “Não é nada! O serviço foi muito pouco”. No mesmo instante, Gonzaga olhou para Arlindo, mirou os quatro cantos da casa e disse: “Você não está em condições de trabalhar de graça ainda não, e eu sou quem não quero. A minha intenção era lhe ajudar”. Prontamente, Gonzaga abriu a bolsa e deixou um pacote de dinheiro que Arlindo não ganharia em seis meses de trabalho. Como lembra o sanfoneiro, “eu fiquei abestalhado, aí disse: - Não, não, eu não quero esse dinheiro não!”. Então, Gonzaga respondeu a Arlindo: “Se você não quiser, eu vou dar à sua mulher, que sua mulher não é besta, não”.
Com o impulso de Gonzaga, Arlindo se estabilizou como artesão e sanfoneiro, De tal modo ele desenvolveria um equilíbrio entre as duas atividades, que foi condecorado como “O artesão da sanfona”.
Na década de 1970, a sanfona de teclado se tornou predominante em seu trabalho profissional e Arlindo se tornou muito requisitado como músico de estúdio em programas radiofônicos e gravações.
Certo dia, Arlindo conversou com Luiz Gonzaga, pedindo-lhe uma oportunidade para gravar um disco. Gonzaga aconselhou Arlindo a retomar o fole de oito baixos. Então, Arlindo adquiriu uma nova sanfona de oito baixos e começou a praticar. Depois de alguns meses, Gonzaga lhe perguntou: “Como é, Arlindo, você tá tocando alguma coisa?”, ao que Arlindo respondeu: “Tô tocando umas besteirinhas...” Na ocasião, Luiz Gonzaga era diretor do departamento de música nordestina da RCA. Em 1981, Arlindo, acompanhado do zabumbeiro Quartinha, se dirigia ao estúdio da gravadora RCA, em São Paulo, para as gravações de seu primeiro disco, que contou com a participação de Dominguinhos na produção e direção artística. O título do disco também foi sugestão de Luiz Gonzaga. Arlindo conta como isso ocorreu.

Quando foram fazer a ficha técnica do disco, eles escreveram “Arlindo do acordeon”.[1] Aí, mostraram à Gonzaga: “Gonzaga, olhe a ficha técnica do Arlindo”. Aí, ele olhou assim e disse: “Não, eu não quero isso não. Eu quero Arlindo dos oito baixos, pode tirar isso aí”.

Além do nome artístico, o titulo do álbum também foi obra de Gonzaga: “O mestre do Beberibe”. Desde então, Arlindo despontou como um dos mais respeitados solistas de sanfona de oito baixos, com expressiva atuação fonográfica, intensificando a influência do choro e do frevo em seu repertório. Também é um requisitado afinador e tornou-se uma figura proeminente na estruturação profissional do forró em Recife, à frente “Forró do Arlindo” no bairro Dois Unidos. Entre os seus filhos, estão dois destacados instrumentistas, o percussionista Raminho e o baixista Adilson. Ao lado da esposa, Odete Regina Macedo, compartilhou um caminho de cinco décadas de matrimônio, e uma vida dedicada à família, ao forró e à sanfona de oito baixos. Salve Arlindo e obrigado por tudo que nos deixou...


[1] Devemos lembrar que Arlindo do acordeon foi o nome artístico de Arlindo durante a década de 1970, que marca a fase de sua carreira em que era músico de estúdio, dedicando-se ao acordeon.


5 de out. de 2013

Milèna au Festin dou Pouort 2013, Nissa (Gigi de Nissa)




A jovem acordeonista franco-brasileira Milèna Pastorelli iniciou seus estudos aos nove anos, tendo como professor Guilherme Maravilhas, o Mará, sanfoneiro do Forroçacana. Filha de um músico francês, Gigi de Nissa, e de uma bailarina brasileira, Leonora Runsem, o contato de Milèna com o Brasil e a música brasileira - em especial, a nordestina, tem sido constante ao longo de sua formação musical.
Neste ano, tive oportunidade de conhecê-la, através de Guilherme Maravilhas, para que o substituísse como professor. Então, tive a grata surpresa de conhecer esta talentosa musicista, o que, inclusive, motivou nossa ida à residência de meu mestre, Zé Calixto, para que a conhecesse e abençoasse a futura acordeonista que revela caminhos vindouros à sanfona de oito baixos.
Neste lindo vídeo, Miléna aparece ao lado de seu pai, o compositor francês Gigi de Nissa e seu conjunto, no Festival de Pouort, ocorrido recentemente.

5 de set. de 2013

Inscrições Abertas para Oficinas de Sanfona de 8 Baixos no Rio de Janeiro

Entre as novidades da sanfona de oito baixos está a implementação do Núcleo de Pesquisa e Expressão da Sanfona de Oito Baixos no Brasil. Constituído por Guilherme Maravilhas, Léo Rugero e Mirele Maravilhas, este grupo tem como principal objetivo a divulgação da prática musical sanfona de oito baixos no Brasil, através de diferentes desdobramentos, tais como a realização de oficinas, palestras, encontros de sanfoneiros, realização de obras audiovisuais e gravações de CDs, visando a contribuir para a divulgação e o conhecimento deste instrumento.
Como parte das iniciativas a serem realizadas pelo Núcleo, já está confirmado o Encontro de Sanfona de Oito Baixos a ser realizado no dia 09 de outubro de 2013, no Espaço Cultural Laurinda Santos Lobo, em Santa Teresa, Rio de Janeiro. Na ocasião, será ministrada uma oficina abreta a comunidade de praticantes e pessoas interessadas neste instrumento musical, focalizando especificamente a técnica e os repertórios consagrados pelo estilo nordestino, um dos principais ramos de influência do instrumento, inclusive no Rio de Janeiro, outrora sede do deslocamento de sanfoneiros no contexto fonográfico e radiofônico.
E vamos em frente!



Mais informações no link:
https://www.facebook.com/events/302952526509257/

  • (www.facebook.com)
  • Estão abertas as inscrições para as oficinas da Sanfona de 8 Baixos no Rio de Janeiro.
    Os interessados devem enviar email solicitando a sua ficha para 8baixosdobrasil@gmail.com até o dia 4 de setembro.
    As oficinas serão semanais e acontecerão no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo. Teremos um encontro aberto mensalmente que vai acontecer nos sábados de lua cheia onde contaremos com a participação do músico, compositor e mestre Zé Calixto.

    As oficinas serão gratuitas!

    Aproveite para reservar sua vaga, elas são limitadas!

    Qualquer dúvida entre em contato pelo email ou pelo telefone 8296 4441

    Grata!

    Mirele Maravilhas


4 de set. de 2013

Papo de Sanfona

Olá amigos,

já está no ar o podcast "Papo de Sanfona".Apresentado por Maykon Lopes e Leo Rugero, este programa consiste em um bate-papo "quase" informal sobre sanfona - dos 8 aos 120 baixos.
No programa inaugural, nossa conversa gira em torno da história do acordeon, dos inúmeros nomes que o instrumento recebeu no Brasil, cuidados necessários ao instrumento e por aí vai. A cada semana estaremos publicando um programa novo, sempre com uma temática diferenciada e, eventualmente, contando com a presença de convidados.
Vamos em frente, essa é apenas uma das novidades na manga...e estamos aí!!!

Papo de Sanfona


16 de ago. de 2013

Com Respeito aos Oito Baixos - lançamento do filme


  Entre os dias 8 e 28 de julho, estive na região Nordeste para algumas exibições de lançamento do filme "Com Respeito aos Oito Baixos". Este filme foi viabilizado através do Prêmio Funarte Centenário de Luiz Gonzaga 2012. Filmado nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro, o argumento principal do filme consiste em refazer o percurso da pesquisa de campo empreendida durante minha dissertação de mestrado homônima, defendida na Escola de Música da UFRJ, na área de musicologia.
As filmagens foram realizadas entre setembro e outubro de 2012, num trajeto percorrido desde o sertão do Araripe ao Agreste paraíbano. Mais informações sobre a elaboração do filme no link http://www.forroemvinil.com/filme-documentario-com-respeito-aos-oito-baixos
As exibições ocorreram nos seguintes lugares: 13 de julho, estreia oficial na Praça da Matriz em Exu, município do Araripe pernambucano e cidade natal de Luiz Gonzaga; 17 de julho, Arcoverde, no Ponto de Cultura Orquestra Sertão; 24 de julho, Recife, no restaurante Arriégua. 
Durante a viagem foram concedidas entrevistas em programas de rádio, televisão e jornais, no intuito não apenas de divulgar o filme, mas de estimular a renovação da prática da sanfona de oito baixos na região Nordeste.

13 de julho - Exu

Em Exu, a exibição do filme recebeu o apoio da Secretaria de Cultura e Esportes do Exu. Não poderíamos deixar de mencionar Lello Santana, que, de imediato, se prontificou para organizar o lançamento do filme e da secretária de cultura de Exu, Helenilda Moreira, cujo empenho e dinamismo deve servir de exemplo a pessoas que assumem postos de autoridade na área cultural.

                                                   Telão montado especialmente para a estreia do filme em Exu

A estreia em Exu contou com a abertura realizada pelos alunos do Projeto Asa Branca, coordenado por Aline Justino. O encerramento terminou em forró aquecido nos oito baixos com Joquinha Gonzaga e Léo Rugero.

Da esquerda para a direita: Marlla Tavares, Joquinha Gonzaga, Helenilda Moreira e Léo Rugero; Na 1a foto acima, Lello Santana ao fundo.

17 de julho - Arcoverde

Arcoverde, conhecido como "Encruzilhada do Sertão", é um encantador município do sertão central pernambucano. No passado, a condição de entreposto comercial fez desta cidade um ponto de cruzamento de vaqueiros, cangaçeiros, comerciantes, índios, negros escravizados dos engenhos de cana, enfim, um verdadeiro cadinho cultural. Isso faz desta cidade um ambiente efervescente de um centro urbano, embora seja um município relativamente pequeno. Em Arcoverde, devo especiaias agradecimentos ao grande músico e amigo Cacau Arcoverde, cuja música espelha e sintetiza as impressões que tive de sua cidade natal. A exibição em Arcoverde não poderia ter sido mais oportuna, tendo sido seguida por um bate-papo com a atenta plateia e no final, um forró com a participação de Cacau ao zabumba e mais dois mestres de coco. Inesquecível!

                                                                            Léo Rugero e Cacau Arcoverde
A exibição ocorreu no Ponto de Cultura Orquestra Sertão, coordenado por Lula Moreira e Cacau Arcoverde. 

24 de julho - Recife

Por fim, foi realizada a exibição em Recife, no restaurante Arriégua de Luiz Ceará, ponto de encontro de forrozeiros na capital pernambucana. Com um palco improvisado em meio ao restaurante, as ilustres presenças de Anselmo Alves, Lêda Dias, Truvinca e Severino dos Oito Baixos conferiu certa sobriedade à exibição. Infelizmente, não houve registro fotográfico do evento. 

A trajetória do filme segue adiante, tendo já confirmado em novembro, a exibição no festival Rootstock, em São Paulo.

E vamos em frente...

9 de ago. de 2013

8º Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis


terça-feira, 28 de maio de 2013

O 8º Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis foi o maior de todas as edições

O Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis, edição 2013, foi o nosso grande festival, com mais investimentos do Sesc, mais parceiros, maior divulgação na mídia local e nacional. Fomos notícia no G1, site oficial do Sesc, jornal O Diário de Teresópolis, TVs de Teresópolis e até sites de fortaleza como o Festaleza.
O festival foi brilhante desde a abertura oficial com o produtor Cândido Neto que abriu o evento e tocou a Milonga para as Missões e Stereo Love com os parceiros acordeonistas Alex Wey e André Gandra. Logo depois foi a vez do grande acordeonista Rafael Meninão e o Trio Rapacuia que é o Rafael, o Rogério e o Fernando, uma galera nota 1000.
Depois do Trio chegou a vez da atração mais esperada da noite: a cantora cearense Amelinha que levou a platéia ao delírio com canções inesquecíveis dos anos 80 e outras do DVD novo Janelas do Brasil. Amelinha estava linda no palco acompanhada por sua banda maravilhosa que além de levar o público a cantar seus antigos sucessos, também levou a galera a dançar muito já no clima de São João cantando marchinhas como "Olha pro céu meu amor, Gemedeira e Romance da Lua, dentre outras". Foi uma noite inesquecível para as mais de 800 pessoas que lotaram o Sesc Teresópolis.


No segundo dia (24/05) tivemos o lançamento do filme "Com Respeito aos 8 Baixos" do pesquisador Léo Rugero que conversou com o público e fez uma bela apresentação de 8 baixos acompanhado do percussionista Anderson Sabagini, seguindo com o Forró Tradição no Sesc Café com os nossos grandes acordeonistas veteranos Seu Timbira, Seu Zé Lopes, Seu Edson do Acordeom e Batista do Forró, ícones da sanfona na região serrana do Rio de Janeiro.


O terceiro dia começou cedo com a oficina de acordeom com Marcelo Caldi, reunindo músicos e interessados no instrumento. Mais tarde o Marcelo Caldi lançou o seu livro "Luiz Gonzaga, tem Sanfona no Choro" com a presença do coautor Fernando Gasparini, e às 17 horas foi o momento mais esperado que é quando se apresentam os acordeonistas de Teresópolis e alguns pontos do estado do RJ. Se apresentaram as acordeonistas Sônia Pries e Erocedes, e os acordeonistas Daniel Vieira, Amado Rodrigues, José Lopes, Geraldo Pereira, Batista do Forró, Seu Timbira, Leandro Lopes, Edson do Acordeom, André Gandra, Alex Wey e Cândido Neto. Todos tocaram a música Asa Branca no final como tem sido nestes 8 anos. Esta apresentação do sábado começou às 17h e terminou às 20 h e 20 minutos.





O 8º Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis terminou no domingo (26/05) com um show lindo do Marcelo Caldi, pra lavar a alma. O show do Caldi é muito bom, a platéia vibrou e já tinha muita gente dizendo que ele tem que voltar no próximo ano. O cara toca, canta e compõe muito bem... é um show que só você assistindo pra se ter uma ideia. BRAVO!!!


ENTREVISTA COM LÉO RUGERO CINEASTA E MÚSICO

4 de jul. de 2013

Filme "Com Respeito aos Oito Baixos" estreia confirmada em Exu

Olá amigos,

está confirmada a estreia do filme "Com Respeito aos Oito Baixos" em Exu, Pernambuco, cidade natal de Luiz Gonzaga!
A exibição será realizada no dia 13 de Julho, na Praça Padre João Batista, em frente a Igreja Matriz. às 19:00. 



23 de jun. de 2013

Zé Calixto no São João


Amanhã, dia 24, apresentação de Zé Calixto no São João de Campina Grande!!!
Acompanhe o Maior São joão do Mundo AO VIVO

http://saojoaodecampina.com.br/

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