Estive ausente do blog cerca de vinte dias. Periodo que estive longe de casa, percorrendo Recife e Campina Grande, no intuito de realizar algumas entrevistas para a minha dissertação de mestrado sobre a sanfona de 8 baixos. Em Recife, estive com o "mestre do beberibe"Arlindo dos oito baixos e sua esposa, Dona Odete. Conversamos muito.Foi bom poder beber das águas do beberibe. Conheci também Severino dos 8 baixos, uma revelação. O memorial Luiz Gonzaga, idealizado por Anselmo Alves e gerenciado por Leda Dias. E assistir a forrós inesqueciveis. O forró do Arlindo, já tradicional, e o Encontro de Sanfoneiros numa casa chamada "Nossão chão" dirigida por outro entusiasta da sanfona, Marcos Veloso. Encontrar casualmente velhos conhecidos como Enoque.A conversa enriquecedora com o professor Roberto Benjamim, presidente da Comissão pernambucana de folclore, que conheci através de Hugo Podeus. Zé Fernando, que me conduziu a residência da professora Cirinéia de Amaral, da Universidade Federal de Pernambuco. Sem esquecer as conversas com Leda e Anselmo, casal que tanto tem realizado em prol dos 8 baixos. Fora os acordeonistas, Cicinho do Acordeom e Marcelo de Feira Nova, dois virtuoses que deixaram-me de queixo caído. E o mestre Camarão, patrimônio cultural de Recife.
Em Campina Grande, minha estada foi curta, mas nem por isso menos intensa. Realizei um sonho, conhecer o mestre Geraldo Correia. Emocionante também foi o encontro com Bastinho Calixto. E João Calixto. Dona Luzia, a irmã mais velha, matriarca deste importante ramo da sanfona brasileira, a familia Calixto. Por fim, o museu fonográfico Luiz Gonzaga, dirigido pelo professor José Nobre.
Meu corpo retornou, mas a minha alma ainda está chegando, pois resolveu voltar a pé, para curtir melhor as reminiscências desta viagem.