19 de jun. de 2023

Aula de Fole de Oito Baixos em Afinação Transportada- Xaxadinho das Alagoas

6 de nov. de 2021

Arlindo dos Oito Baixos é homenageado em live nesta terça (13), quando faria aniversário

Arlindo dos Oito Baixos é homenageado em live nesta terça (13), quando faria aniversário: No dia 16 de abril, o sanfoneiro pernambucano Arlindo dos Oito Baixos completaria 79 anos, se vivo estivesse. Patrimônio Vivo de Pernambuco, in memorian,

Olá amigos, para quem ainda não assistiu esse live, que fizemos no dia 13 de abril, só posso afirmar que foi imperdível. Se ligue no canal do Secult

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NOTÍCIA DE VIVER

CULTURA POPULAR

Arlindo dos Oito Baixos é homenageado em live nesta terça (13), quando faria aniversário

Publicado em: 12/04/2021 16:14

 (Foto: Costa Neto/Fundarpe)
Foto: Costa Neto/Fundarpe

No dia 16 de abril, o sanfoneiro pernambucano Arlindo dos Oito Baixos completaria 79 anos, se vivo estivesse. Patrimônio Vivo de Pernambuco, in memorian, o músico continua sendo uma grande referência para os adeptos e apreciadores de uma tradição musical que teve expoentes como Januário e Luiz Gonzaga, citando os mais famosos. Para marcar a data, a Secult-PE/Fundarpe realiza, nesta terça (13), a transmissão virtual de uma conversa sobre o instrumento que virou símbolo do artista. O fole de Arlindo dos Oito Baixos - Legado e salvaguarda está marcada para as 19h, nos canais do Youtube da Secult-PE/Fundarpe e do Cais do Sertão.

Participam da transmissão Ivison dos Oito Baixos, um tocador caruaruense entusiasta da formação em Oito Baixos, o produtor cultural Anselmo Alves e o músico e pesquisador Leo Rugero. A mediação será feita por Leda Dias, que é pesquisadora da sanfona e atualmente gerente de políticas culturais da Secretaria de Cultura de Pernambuco.

"A passagem do aniversário de Arlindo traz a possibilidade de conversarmos sobre o instrumento que ele representava como expoente maior aqui no estado de Pernambuco. O fole de oito baixos tem uma importância fundamental para nossa música nordestina, como base para expressões musicais do Nordeste, vinculadas basicamente ao forró, e vemos que grandes nomes começaram com o fole de oito baixos, como Dominguinhos, Luiz Gonzaga e Sivuca", afirma a mediadora do encontro virtual desta terça.

Segundo Leda Dias, a relação do fole com o Nordeste brasileiro vai além da simples adoção do instrumento. "Aqui ele recebeu uma a afinação diferenciada. Ou seja, existe uma característica peculiar para o fole de oito baixos no Nordeste brasileiro. Então a gente deve conversar um pouco sobre isso, a importância como patrimônio e também a situação atual. Discutir o que a gente espera no mercado da música para o fole de oito baixos, quando a gente vê artistas jovens, como Ivison, que é um excelente tocador, desenvolve um trabalho sobre o instrumento e reinventa essa arte do fole dos oito baixos", concluiu.

SERVIÇO
O Fole de Arlindo dos Oito Baixos - Legado e Salvaguarda
Onde: Canais do YouTube da Secult-PE/Fundarpe e do Cais do Sertão
Quando: Terça (13), às 19h

Mundo Fantasmo: 4652) Zé Calixto e o fole de 8 baixos (14.12.2020)

Mundo Fantasmo: 4652) Zé Calixto e o fole de 8 baixos (14.12.2020): (foto: Antonio David Diniz) Por uma dessas simetrias irônicas da vida, neste domingo dia 13, aniversário de Luiz Gonzaga, nossa música perde...


Excelente texto de Bráulio Tavares sobre a passagem de Zé Calixto. Leitura imperdível 

18 de set. de 2020

Nelsinho dos Oito Baixos - Calango de Minas

LEO RUGERO E A HOMENAGEM AO SANFONEIRO GERALDO CORREIA: O JOÃO GILBERTO DA SANFONA DE 8 BAIXOS

 http://www.neyvital.com.br/2020/09/leo-rugero-e-homenagem-ao-sanfoneiro.html


Matéria publicada originalmente no canal de Ney Vital Guedes


LEO RUGERO E A HOMENAGEM AO SANFONEIRO GERALDO CORREIA: O JOÃO GILBERTO DA SANFONA DE 8 BAIXOS

 

Leo Rugero é Bacharel em violão clássico pelo Conservatório Brasileiro de Música e Mestre em Musicologia pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Léo Rugero, é hoje uma referência no Brasil quando o assunto é sanfona de oito baixos.

Além dos estudos práticos e teóricos que tem desenvolvido com esse instrumento, Léo Rugero é autor do aclamado livro “Com respeito aos 8 baixos – Um estudo etnomusicológico sobre o estilo nordestino da sanfona de oito baixos”, que faz um apanhado da estrutura que mantém viva essa tradição os aspectos materiais e imateriais da cultura nordestina.

Confira texto homenagem pela passagem/morte do sanfoneiro Geraldo Correia:

No domingo, 13 de setembro, faleceu em Campina Grande, o exímio folista Geraldo Correia, um expoente do fole de oito no Estado da Paraíba.

Fiz um vídeo realizado no dia 03 de dezembro de 2018, durante uma visita à casa de Geraldo Correia, acompanhado por Luizinho Calixto. Na ocasião,embora estivesse debilitado fisicamente, nem por isso furtou-se a executar alguns choros no fole de oito baixos, com sua interpretação sempre envolvente. Ficamos conversando por algumas horas, acompanhados pela equipe de pesquisa e filmagem do projeto de Mapeamento do Fole de Oito Baixos no Estado da Paraíba, em parceria pelo IPHAN e Balaio Nordeste. Infelizmente, as imagens deste acervo ficaram restritas e só restou em meus arquivos estas filmagens que realizei despretensiosamente, no intuito de registro pessoal. 

Conheci Geraldo Correia em 2009 durante a pesquisa de campo de minha etnografia "Com Respeito aos Oito Baixos", que conquistaria em 2012 os prêmios "Produção Crítica em Música" e "Prêmio Centenário de Luiz Gonzaga", ambos pela FUNARTE.

Uma verdadeira lenda do fole de oito baixos, ao lado de Zé Calixto, era o último remanescente da geração de folistas da Paraíba que se consagrariam como solistas no mercado fonográfico e radiofônico na década de 1960. 

Começou a tocar fole de oito baixos na infância, influenciado pelo irmão mais velho, Severino Correia, conhecido por ter sido uma das referências mais conhecidas do fole paraibano em sua era pré-fonográfica, da qual dispomos de escasso acervo.

Através do irmão, teve aproximação com Jackson do Pandeiro, que se tornaria o produtor artístico de seu primeiro lp, através de contrato com a gravadora Philips. "Um baixinho e sua oito baixos", lançado em 1964.

A fase mais profícua de sua carreira compreende 1965 à 1980, quando gravou através da Philips, passando posteriormente para a Cantagalo e, finalmente, a gravadora Copacabana. 

Também era reconhecido por seus dotes como artesão, sendo customizador de seus próprios instrumentos, a exemplo de Adolfinho e Zè Calixto, numa época em que os folistas tinham que ser os artesãos de seus próprios instrumentos, dado a escassez de mão de obra especializada para a realização da afinação transportada e dos ajustes necessários ao estilo nordestino.

Segundo Luizinho Calixto - maior expressão do fole de oito baixos em atividade profissional, Geraldo Correia, ao lado de Zè Calixto, foi o maior intérprete de fole de oito baixos que o Brasil conheceu. Estamos certos disso e basta ouvir seu trabalho antológico para atestar a relevância deste artista. 

Conhecido por ser uma pessoa reclusa, Geraldo Correia não era um artista extrovertido, o que fez com que certa vez eu tenha escrito que ele era o "João Gilberto dos Oito Baixos", expressão que foi utilizada por outras pessoas que escreveram sobre o sanfoneiro. No entanto, sempre tive a sorte de ser recebido por ele com amizade.

Sem dúvida, Geraldo Correia deixará saudades. O som de seu fole de oito baixos ecoará por muito tempo em nossas memórias, despertando afetos e nos ensinando a desbravar as curvas e esquinas do complexo fole de oito baixos paraibano, através de seus forrós inesquecíveis e suas belas interpretações de choros antológicos. 

Esteja em paz, amigo Geraldo Correia, obrigado pelo maravilhoso legado artístico que deixou na memória cultural paraibana.

17 de set. de 2020

Zé Calixto Polquinha Brejeira





Realizei essa despretensiosa filmagem em 2016, na varanda da residência de Zé Calixto, no bairro de Santíssimo, RIo de Janeiro. Na ocasião, Calixto estava finalizando o transporte e acabamento de um fole Hohner, e passamos a tarde ouvindo os testes realizados para que tivesse certeza de que o serviço estava bem realizado. Zé Calixto, além de exímio sanfoneiro, também era um hábil artesão, conhecido por seu refinamento na arte da afinação de foles de oito baixos.

Neste vídeo, ele interpreta "Polquinha Brejeira", uma das músicas que eram tocadas por seu pai, Seu Dideus, e que foram eternizadas nas mãos do "poeta da sanfona".

15 de set. de 2020

Carlinhos dos Oito Baixos - Quadrilha no Arraiá







Embora seja mais conhecido como artesão e comerciante de foles e sanfonas no Estado da Paraíba, Carlinhos dos Oito Baixos é um excelente instrumentista. Irmão de Abdias de Novo e sobrinho do lendário Abdias dos Oito Baixos, Carlinhos conhece bem o repertório de seu tio Abdias e de seu avô, sendo uma verdadeira biblioteca viva do fole. Com sua espantável agilidade, acredito que Carlinhos é um instrumentista que deveria ser mais conhecido e divulgado. Tive oportunidade de conhecê-lo em 2018, durante a pesquisa de campo do projeto de Mapeamento do Fole de Oito Baixos, do qual fui coordenador técnico. Nessa pesquisa, estive acompanhado pelo antropólogo Darllan da Rocha e pelo musicólogo Erivan Araújo. Foi uma satisfação conhecer Carlinhos e logo nos tornamos bons amigos. Como o resultado deste projeto permanece incubado, por minha própria conta, estarei divulgando alguns vídeos de mero registro etnográfico através deste canal.

Neste vídeo, Carlinhos interpreta a música "Quadrilha no Arraiá", gravado em disco por Abdias em 1960.

SE INSCREVA NO CANAL Leo Rugero

13 de set. de 2020

Favo de Mel - Zé Cupido

Geraldo Correia (15/01/1924 - 13/09/2020





 Hoje, 13 de setembro, faleceu em Campina Grande, o exímio folista Geraldo Correia, um expoente do fole de oito baixos paraibano.Faleceu hoje em Campina Grande, o sanfoneiro Geraldo Correia, um dos expoentes do fole de oito baixos no Estado da Paraíba.
Este vídeo foi realizado no dia 03 de dezembro de 2018, durante uma visita que fiz à casa de Geraldo, acompanhado por Luizinho Calixto. Na ocasião, já debilitado fisicamente, nem por isso, furtou-se a executar alguns choros no fole de oito baixos, com sua interpretação sempre envolvente. Ficamos conversando por algumas horas, acompanhados pela equipe de pesquisa e filmagem do projeto de Mapeamento do Fole de Oito Baixos no Estado da Paraíba, em parceria pelo IPHAN e Balaio Nordeste. Infelizmente, as imagens deste acervo ficaram restritas e só restou em meus arquivos estas filmagens que realizei despretensiosamente, no intuito de registro pessoal.
Conheci Geraldo Correia em 2009 durante a pesquisa de campo de minha etnografia "Com Respeito aos Oito Baixos", que conquistaria em 2012 os prêmios "Produção Crítica em Música" e "Prêmio Centenário de Luiz Gonzaga", ambos pela FUNARTE.
Uma verdadeira lenda do fole de oito baixos, ao lado de Zé Calixto, era o último remanescente da geração de folistas da Paraíba que se consagrariam como solistas no mercado fonográfico e radiofônico na década de 1960.
Começou a tocar fole de oito baixos na infância, influenciado pelo irmão mais velho, Severino Correia, conhecido por ter sido uma das referências mais conhecidas do fole paraibano em sua era pré-fonográfica, da qual temos pouquíssimo acervo.
Através do irmão, teve aproximação com Jackson do Pandeiro, que se tornaria o produtor artístico de seu primeiro lp, através de contrato com a gravadora Philips. "Um baixinho e sua oito baixos", lançado em 1964.
A fase mais profícua de sua carreira compreende 1965 à 1980, quando gravou através da Philips, passando posteriormente para a Cantagalo e, finalmente, Continental.
Também era reconhecido por seus dotes como artesão, sendo customizador de seus próprios instrumentos, a exemplo de Adolfinho e Zè Calixto, numa época em que os folistas tinham que ser os artesãos de seus próprios instrumentos, dado a escassez de mão de obra especializada para a realização da afinação transportada e dos ajustes necessários ao estilo nordestino.
Segundo Luinho Calixto, Geraldo Correia, ao lado de Zè Calixto, foi o maior intérprete de fole de oito baixos que o Brasil conheceu. Estamos certos disso e basta ouvir seu trabalho antológico para atestar a relevância deste artista.
Conhecido por ser uma pessoa reclusa, Geraldo Correia não era um artista extrovertido, o que fez com que certa vez eu tenha escrito que ele era o "João Gilberto dos Oito Baixos", expressão que foi utilizada por outras pessoas que escreveram sobre o sanfoneiro. No entanto, sempre tive a sorte de ser recebido por ele com amizade.
Sem dúvida, Geraldo Correia deixará saudades. O som de seu fole de oito baixos ecoará por muito tempo em nossas memórias, despertando afetos e nos ensinando a desbravar as curvas e esquinas do complexo fole de oito baixos paraibano, através de seus forrós inesquecíveis e suas belas interpretações de choros antológicos.


Esteja em paz, amigo Geraldo Correia, obrigado pelo maravilhoso legado artístico que deixaste à cultura nordestina!!!

9 de set. de 2020

De volta ao blog!

 Olá amigos,


Depois de algum tempo em que estive ausente das atividades do blog sanfonade8baixos.blogspot.com, estarei retomando o canal, consertando alguns links quebrados, estabelecendo novas conexões e trazendo novidades por aí, sempre no intuito de divulgar o fole de oito baixos e estabelecer um canal de divulgação e compartilhamento de conhecimemtos para este instrumento


Sejam benvindos!

4 de mar. de 2019

Luizinho Calixto e Leo Rugero

Léo Rugero e Luizinho Calixto


Leo Rugero e Lolita Delmonteil Ayral

Conexão Brasil-França, o fole de oito baixos atravessando fronteiras. Em João Pessoa,Paraíba, Léo Rugero e a acordeonista francesa Lolita Delmonteil Ayral tocando um forró do saudoso mestre alagoano Gerson Filho, "Oito Baixos Brasileiros", lançado originalmente em 1972. Obrigado Agata Christie pelas imagens. Fole de 8 baixos pelo mundo!!!



18 de abr. de 2017

Léo Rugero - Forró do Meu Sertão (João de Deus Calixto)






Publicado em 3 de abr de 2017



Recordação de setembro de 2016, o show "Sanfonada" reuniu um respeitável elenco da sanfona de oito baixos no Teatro da UFF, em Niterói. Agradeço à aluna Ana Moreira pela gentileza de ter registrado este vídeo, em que interpreto a música do repertório de Zé Calixto, a composição "Forró do meu sertão"de João de Deus Calixto, acompanhado pelo excelente regional formado por Valter 7 cordas, Carlinhos Calixto, Durval Pereira Durval Pereira e Beto Marrom. O evento contou com a participação dos solistas de sanfona de oito baixos, Zé Calixto, Chico Paes de Assaré, Mará e Renato Borguetti, que também aparecem no vídeo.

5 de abr. de 2017

Léo Rugero e Edilberto Bérgamo - No Embalo dos Oito Baixos







Publicado em 4 de abr de 2017


Registro do breve e inspirado encontro de Léo Rugero e Edilberto Bérgamo em Santa Teresa, Rio de Janeiro, registrado por Daiana Moraes. Neste pequeno fragmento os dois gaiteiros improvisam sobre um tema de Léo Rugero chamado "No Embalo dos Oito Baixos".

7 de set. de 2016

Encontro de Gerações de Tocadores de Sanfona de 8 baixos e Interculturalidades

O mês de setembro foi coroado no Rio de Janeiro com dois eventos significativos que trouxeram à baila a prática da sanfona de oito baixos, graças ao empenho de Mirele Guedes e Guilherme Mará, a frente do Núcleo de Expressão e Divulgação da Sanfona de Oito Baixos no Brasil.
No dia 04 de setembro, ocorreu o Encontro de Gerações de Tocadores de 8 baixos, no Parque das Ruínas em Santa Teresa, reunindo Zé Calixto, seus discípulos Guilherme Mará e Léo Rugero e Chico Paes de Assaré. Além da presença dos sanfoneiros, o evento contou com a participação especial de Beto Lemos(Rabeca), Geraldo Junior(voz), Rodrigo Ramalho(triângulo), Marcelo Mimoso(voz), Chris Mourão(percussão) e o mestre Durval Pereira no zabumba.
No dia 05, houve o evento "Sanfonada", inserido dentro do projeto Interculturalidades, promovido pela UFF. Numa mesa-redonda e apresentação muito especial, além dos sanfoneiros citados anteriormente, houve a presença estelar de Renato Borguetti, ícone da gaita-ponto e um dos baluartes da renovação do acordeon diatônico no Séc.XX. O acompanhamento ficou ao encargo de excelente regional formado por Valter 7 cordas (violão), Carlinhos Calixto(cavaquinho), Beto Marrom(pandeiro), Giló(triângulo) e Durval Pereira(zabumba). Numa apresentação inspirada, conseguiu-se levantar a plateia, sobretudo quando Guilherme Mará tocou a quadrilha "Polquinha da Dona Josefa Martins", arrancando aplausos entusiasmados. Outro momento de ápice foi Borguetti interpretando "Felicidade"de Lupcínio Rodrigues, contracantada por Zé Calixto e entoada por toda a platéia. Além disso, Zé Calixto e sua célebre interpretação de "Escadaria" e Borguetti com a arrebatadora interpretação de "Milonga para as Missões"deram o tom da noite, com um auditório repleto e entusiasmado. 
Que esta caravana possa percorrer os palcos deste Brasil afora, esse é o nosso maior desejo, em prol da valorização e do redimensionamento do fole de oito baixos no Brasil.






3 de mai. de 2016

EVANDRO DOS 8 BAIXOS - PRA NÃO MORRER DE TRISTEZA(JOÃO SILVA E KBOCLINHO...

Evandro dos Oito Baixos faleceu hoje, 03 de maio, em Pernambuco. Grande expressão do instrumento, embora não tenha edificado vultuosa carreira fonográfica e radiofônica. A geração de ouro do fole de oito baixos se despede aos poucos. Que o futuro seja mais luminoso com a música produzida neste país

25 de abr. de 2016

Léo Rugero e Galvão do Juazeiro

Domingo, 10 de abril de 2016

Notícias de Leo Rugero, Galvão de Juazeiro do Norte e Sanfona de 8 Baixos

Na madrugada deste domingo recebi notícias do bom amigo professor e sanfoneiro, guardião da cultura de tocar sanfona de 8 baixos. Transcrevo as notícias de Leo Rugero:
"Hoje, fechando com chave de ouro minha passagem por Juazeiro do Norte, estive pessoalmente com Galvão de Juazeiro, cavaleiro sertanejo, ancestralidade da cultura do sertão nordestino personificada.

O que motivou nosso encontro foi nossa devoção mútua por este instrumento, o fole de oito baixos, instrumento matricial na cultura nordestina, que se encontra em processo de extinção na microrregião do Cariri cearense. De acordo com Galvão, ele é o mais jovem remanescente desta tradição sonora, no alto de seus 68 anos.

Galvão de Juazeiro ficou maravilhado com meu livro, "Com Respeito aos Oito Baixos". De acordo com suas palavras, foi o livro que ele esperou ser escrito por uma vida inteira. Maior elogio não poderia ser recebido, vindo deste profundo conhecedor da história oral nordestina.

Nesta tarde de fole e prosa, também fui presenteado pela sabedoria de Galvão de Juazeiro, que conhece em detalhes, nomes de personagens que constituem a história do fole de oito baixos no sertão nordestino. Também é um profundo conhecedor da história do fole, revelando dados que nem mesmo os livros de historiadores europeus como o notório Pierre Monichon, descreveram, pois tratam de vestígios históricos no processo migratório e na colonização nordestina que passaram desapercebido por historiadores e etnógrafos do passado.

Outro ponto de contato que alimentou nossa conversa, foi a maestria do fole de oito baixos paraibano, centro irradiador da afinação "transportada"e da soberba influência da família Calixto como uma dos principais genealogias desta tradição sonora. Sabendo de minha estreita relação de aprendizado e pesquisa com Zé Calixto, o mestre Galvão ficou embevecido ao ouvir minha interpretação de algumas músicas do repertório de Zé Calixto, observando como o mestre foi cuidadoso na transmissão de detalhes de técnica, postura, dedihado e articulação. Se meu repertório não se esgotasse, creio que a audição se prolongaria por horas.Nunca senti tamanho orgulho por ter um dia encontrado Zé Calixto e, através dele, ter conhecido a fundamentação técnica do fole paraibano.

Também conversamos sobre a técnica suprema de Luizinho Calixto, assim como do talento de Bastinho Calixto e João Calixto. Galvão discorreu sobre os tempos de Seu João de Deus Calixto e de tempos que nem mesmo Seu Dideus conheceu, de quando se concebeu a afinação e técnica do estado da Paraíba, admirada por todos.

Tocou seu fole Koch centenário, exemplar raro entre os primeiros foles alemães que alcançaram o solo nordestino. Também se encantou com meu fole Todeschini de 1967 e seus botões de acrílico, outrora confeccionados por Zé Aragão, sob o desenho e especificação de Zé Calixto, no início da década de 1970.

Galvão do Juazeiro mantém um museu no interior do município, que contém, entre outras coisas, uma das maiores coleções de acordeões diatônicos do Brasil e, seguramente, do mundo, totalizando 23 foles em diferentes procedências, épocas e afinações.

Criticou algumas instituições, petrificadas pelo "apadrinhamento" de resquício colonialista, impedindo, muitas vezes,que a cultura seja contada e cantada pela perspectiva nativa e encontre vitalidade para superar as imposições de cunho midiático.

Também revelou seu pendor às questões mais sensíveis da cidadania, em seu trabalho de cuidado com a saúde e o bem estar de animais abandonados no sertão, onde, desde que as motocicletas e os automóveis substituíram o papel de condução e tropa,despedidos de suas funções de serventia, foram soltos, muitas vezes velhos e enfraquecidos, pelas estradas de terra do sertão.

Enfim, Galvão do Juazeiro é uma daquelas pessoas iluminadas que clareiam com sua luz por onde passa, trazendo-nos conforto ao coração e alimentando nossa alma com sua sabedoria e conhecimento.

Voltando ao Rio de Janeiro, eis que senti meu velho fole de oito baixos ressignificado, e a história de meu aprendizado e pesquisa, faz-se novamente refortalecida com a benção deste encontro.

Até logo Galvão do Juazeiro, que os bons ventos permitam que possamos nos encontrar em breve!!! Os oito baixos agradeçem".

Blog Ney Vital - Rádio Nas Asas da Asa Branca: Notícias de Leo Rugero, Galvão de Juazeiro do Nort...

Blog Ney Vital - Rádio Nas Asas da Asa Branca: Notícias de Leo Rugero, Galvão de Juazeiro do Nort...: Na madrugada deste domingo recebi notícias do bom amigo professor e sanfoneiro, guardião da cultura de tocar sanfona de 8 baixos. Transcr...

2 de mar. de 2016

XOTE TEIMOSO -=- Pedro Sousa -- Castigando o 8 Baixos

Publicado em 18 de mai de 2014

Compacto -- Pedro Sousa -- Castigando o 8 Baixos

Colaboração do Francisco Alves de Almeida "DIDI"

"Este compacto gravado em 1966 pelo Pedro Sousa é muito raro até pelo numero de cópias gravadas, gravadora também desconhecida, destaque para as faixas 'Saudades de Várzea Alegre' e 'Xote teimoso', para quem gosta de fole de oito baixos aqui está uma raridade.

Pedro Sousa foi um grande sanfoneiro, começou nos oito baixos depois passou para os oitenta e tocou até 120 baixos. Varzealegrense divulgou nossa cidade por vários Estados até o sul do País. Fazia de sua casa um "rancho' para artistas e sanfoneiros, e por lá passaram grandes nomes da nossa música regional, tais como Zé Calixto, Luizinho Calixto, Messias Holanda, Edson Duarte, e muitos outros, tocou com dois dos maiores artistas da sua época, o Trio Nordestino e Marinês.

Não teve a felicidade de gravar em grandes gravadoras, mas deixou seu recado em três oportunidades, este compacto no ano de 1966, um vinil em 1985 já constante nos arquivos do forró em vinil e um CD em 1998 que enviarei em breve.

Pedro Sousa era tudo isso e muito mais!!! Em outras oportunidades falarei muito mais deste amigo, compadre e artista forrozeiro nato. Nos deixou em 17.09.2000. Mas a sua falta ainda é sentida entre todos aqueles que tiveram a oportunidade de lhe conhecer e conviver um pouco com ele e sua musicalidade."

Compacto -- Pedro Souza -- Castigando o 8 Baixos
1966 -- Arte

01 Castigando o 8 Baixos (Pedro Souza)
02 Arrodeando a fogueira (Pedro Souza)
03 Xote teimoso (Pedro Souza)
04 Saudades de Várzea Alegre (Pedro Souza)

Para baixar esse disco, clique aqui:
http://www.forroemvinil.com/compacto-...

toninho dos 8 baixos 7 - Calango do Toninho

22 de fev. de 2016

Jornal Forró em Foco

Olá pessoal, segue o jornal Forró em Foco, que contém alguns breves textos sobre questões relacionadas ao forró, inclusive, um texto que escrevi sobre a realização do documentário "Com Respeito aos Oito Baixos" 
http://www.forroemvinil.com/jornal-forro-em-foco-marco-2015/

Jornal Forró em Foco – Março 2015

Jornal Forró em Foco - frente - mar2015
Jornal Forró em Foco - verso - mar2015
Acompanhe o Jornal Forró em Foco:
http://jornalforroemfoco.blogspot.com.br/

21 de fev. de 2016

Homenagem a Moisés Mondadori, o Cavaleiro Moisé

NOTÍCIAS DA CIDADE


24-10-2015
FESTIVAL DO RISOTO VAI HOMENAGEAR MOISÉS MONDADORI

   O Festival do Rizoto vai acontecer no lançamento oficial da Festipê 2016, no início de abril do próximo ano, e vai prestar uma homenagem a Moisés Mondadori, importante acordeonista da história do folclore gaúcho. As entidades estão se organizando e vão preparar o cardápio pensando na cultura culinária dos que povoaram nossa comunidade, entre eles o Imigrante, o africano, e o índio, com ingredientes tradicionais e os orgânicos.

QUEM FOI MOISÉS MONDADORI
Paixão Côrtes foi historiador e idealizador da semana farroupilha, e pesquisou Moisés Mondadori.

Que diz: "Mas tão importante quanto a ideia da chama crioula, ou a da criação do CTG 35, o movimento foi relevante como impulsionador das pesquisas que foram empreendidas rumo ao Interior em busca das raízes e do folclore gaúcho. Paixão encontrou em Ipê (hoje município, mas que antes pertencia a Vacaria) o velho gaiteiro Moisés Mondadori, o mais importante da “geração gramophone”, que foi o primeiro a gravar a música Boi Barroso num disco prensado pela casa A Elétrica em 1913."

No livro A sanfona de oito baixos na música instrumental brasileira - Por Leonardo Rugero Peres (Leo Rugero), encontra-se registrado:

A música instrumental da gaita-ponto:
"No sul do Brasil, especialmente no Rio Grande, a gaita-ponto está indissociavelmente relacionada à interpretação de temas musicais que acompanham as danças tradicionais gaúchas. Através de selos musicais regionais como a Casa “A elétrica”, a música da gaita – ponto começa a ser registrada ainda no segundo decenio do século XX.
   É provavel que a gravação original de Boi barroso, em 1914, por Moisés Mondadori, seja o “marco zero” da história oficial da gaita-ponto brasileira. Também conhecido por Maestro Cavalheiro Moisé Mondadori, foi indubitavelmente um percursor na discografia da gaita-ponto de 8 baixos à nível nacional, tendo regravado esta música em 1974 à convite de Marcus Pereira para a coleção “Musica Popular do Sul”."

14 de fev. de 2016

Chorinho de Landinho

SONS DE CANUDOS - CIRCULAÇÃO - LANDINHO PÉ DE BODE

Landinho Pé de Bode e Banda

SEU ELIAS DANIEL tocador de fole dos Pontões de Pombal

Enviado em 29 de out de 2011

SEU ELIAS DANIEL, GRANDE PERCA NO FOLCLORE POMBALENSE. Seu Elias Daniel, homem pacato, doce e sereno, sinônimo da força negra revigorada na energia solar do nosso sertão abrasador. Quando puxava o seu fole de oito baixos conduzia com maestria "Os negros dos pontões" que fazem anualmente o translado do rosário numa bonita procissão e que enchem de lágrimas os olhos de quem assiste aquele espetáculo popular vivido a céus abertos, de passos lentos, cabeçinha inclinada para o lado com o peso do tempo sobre as costas caminha em noites calmas pela Getulio Vargas tendo como fundo musical as novenas da matriz do Bonsucesso. Já de bengala na mão e sobre a cabeça o seu chapéu de massa era um transeunte quase que invisível aos olhos desta nova geração mais que deixa um legado cultural riquíssimo para seus amigos, filhos e porque não dizer todos aqueles que queiram beber da sua fonte inesgotável de sabedoria popular. Acordamos mais tristes é verdade porque o pássaro que enfeitava o bando colorido que pousava no largo da igreja do rosário agora voa sozinho, seu ultimo vôo abrindo as asas para um novo céu com a certeza que cumpriu a sua missão nesta penosa caminhada terrena. Voa seu Elias Daniel, voa embalado nas valsinhas que o senhor tanto tocou, voa conduzido por milhares de anjos que neste momento devem está fazendo o último túnel de varas coloridas e maracás tilintando para festejar a sua chegada. Não foi preciso galgar os degraus do capitalismo para demonstrar riquezas, pois a sua maior riqueza era a humildade, a serenidade e a religiosidade que se fazia alicerce para a sua estadia no meio de nós. Era um Daniel, era um ser iluminado, era um artista rústico que teve o privilégio de subir nos maiores palcos deste estado e porque não dizer deste país, e o que mais nos impressiona era a "primazia" mais que acertada no título do trabalho do cantor e compositor" Luizinho Barbosa" ao denominar este seguimento musical de raízes. Seu Elias era inocente como uma criança, não havia malicia em seu falar nem a ganância fruto da ignorância e perdição dos homens do nosso tempo, pois ao término de cada apresentação sentava-se na espera daqueles que o conduziam sem dizer se quer uma só palavra. Quantas lembranças me vem a mente neste instante, das nossas viagens para a capital, ao BNB Cultural de Sousa PB, as inesquecíveis FENART e os ensaios no CENTRO LIVRE DE ARTE POPULAR --POMBAL PB. Conheci um Elias pai, amigo, mestre, sereno que transmitia-nos a paz apenas com um simples toque de olhar, um Elias responsável que mesmo já tendo a saúde tão debilitada nunca se negou a empunhar o seu fole para dar seqüência a coreografia dos negros dos pontões numa farra quase que tribal. Voa Mestre Elias Daniel voa e prepara-nos uma valsinha para nos recepcionar na última viagem que faremos para lhe encontrar.

AUTOR: *Zé Ronaldo ( Professor e Artista Popular ).