Relançamentos de uma lenda do forró
Dois discos de um dos maiores tocadores de oito baixos
Ela abre num tom e fecha em outro, se o tocador não pegar o macete se enrola todo. Tem muito tocador de fole que começa a beber e acaba se complicando. O pior é que não há manual ensinando. Para mim é um instrumento em extinção, porque pouca gente está aprendendo o oito baixos. Eu estou velho para ensinar. Luizinho é que está com ideia de criar uma escola de oito baixos”. A afirmação é do paraibano Zé Calixto, 72 anos. O “Luizinho” a quem ele se refere é o seu irmão e também tocador de oito baixos Luizinho Calixto.
A família Calixto quase toda é de músicos. A história de Zé Calixto é idêntica a de tantos do seus contemporâneos. O pai, seu Dideu, foi músico: “No começo tocava triângulo nos sambas, depois aprendeu sanfona”. Calixto é considerado um dos maiores tocadores de oito baixos vivo. Porém, embora seja um artista popular, é “cult”, admirado por uma minoria que possui seus discos, quase todos fora de catálogo.
Zé Calixto é uma das provas do descaso de que é alvo o forró. Com exceção de Luiz Gonzaga, cuja obra foi praticamente toda lançada em CD (e voltará a ser lançada em setembro, pela Sony Music), a imensa maioria da discografia do forró encontra-se fora de catálogo, incluindo aí os festejados Jackson do Pandeiro, Marinês e até o
próprio Dominguinhos. A pequena gravadora carioca Discobertas, que vem resgatando o catálogo da extinta Tapecar, trouxe de volta, em CD, dois discos de Zé Calixto, gravados naquela gravadora. Baile em sua
casa (1976) e Num fole de oito baixos (1977).
A Tapecar mantinha um catálogo razoável de forró, com nomes como Bastinho Calixto, Luiz Calixto, Trio Mossoró, Severino Januário (irmão de Luiz Gonzaga) e João Gonçalves, este último grande responsável pela moda do forró de duplo sentido, que começou engraçado e depois perdeu as estribeiras com Zenilton, Assisão e outros menos votados. No caso de Zé Calixto é o mais puro forró possível. São arrasta-pés daqueles que se tocavam em salas de reboco, de fazer poeira levantar.
O Baile em sua casa tem repertório dividido entre os Calixto, marchinhas de roda, samba de latada, esta a única faixa cantada do disco, voz de Oseás Lopes (mais conhecido como o brega
Carlos André). Num fole de oito baixos, segue a mesma linha de forró para dançar. Estes discos na época eram comprados para animar quadrilhas, e noites juninas numa época cada vez mais distante. Zé Calixto, com maestria, acompanhado de um regional passeia pelo vocabulário do forró, indo de arrasta-pés, a xaxados,, chorinhos, marchinhas de roda.
A maioria estilos que não têm apelo para uma geração que cresceu obedecendo às palavras de ordem das bandas de fuleiragem, que por sua vez, apreenderam o cacoete dos grupos de axé. Dois lançamento que são uma gota d’água num oceano de milhares de discos de forró há anos fora de catálogo.
Carlos André). Num fole de oito baixos, segue a mesma linha de forró para dançar. Estes discos na época eram comprados para animar quadrilhas, e noites juninas numa época cada vez mais distante. Zé Calixto, com maestria, acompanhado de um regional passeia pelo vocabulário do forró, indo de arrasta-pés, a xaxados,, chorinhos, marchinhas de roda.
A maioria estilos que não têm apelo para uma geração que cresceu obedecendo às palavras de ordem das bandas de fuleiragem, que por sua vez, apreenderam o cacoete dos grupos de axé. Dois lançamento que são uma gota d’água num oceano de milhares de discos de forró há anos fora de catálogo.
Leo,
ResponderExcluirEsses acontecimentos alegram os amantes da Sanfona de 8 Baixos.
Eu peguei o novo manual de para sanfonas de 8 Baixos com o próprio Luizinho calixto, mas até o presente momento não consegui entender as lições.