Espaço reservado para a divulgação de informações e estudos sobre a sanfona de 8 baixos no Brasil. The brazilian eight basses button accordion blog. fole de 8 baixos, gaita-ponto de 8 baixos, acordeón diatónico, accordéon diatonique, diatonic accordion, acordeon diatônico etc.
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28 de dez. de 2011
Zé Calixto - No Forró do Pedro Sertanejo
Video postado por Everaldo Santana no youtube.
Trechos de uma apresentação memorável de nosso sanfoneiro maior, José Calixto da SIlva, o Zé Calixto, no auge de sua forma técnica. Provavelmente, a apresentação foi realizada em meados da década de 1980, no Forró do Pedro Sertanejo, em São Paulo. No contrabaixo, Carlinhos Calixto. Não identifiquei o zabumba e o triângulo. Mas o forró é arretado, com a impecável atuação do solista e o acompanhamento preciso e suingado dos instrumentos de ritmo. O início do vídeo apresenta um diálogo entre Zé Calixto, Carlinhos e Pé Duro dos 8 baixos, destacado sanfoneiro baiano radicado em São Paulo.
22 de dez. de 2011
Escola de Forrozeiro
Abaixo, matéria de Carolina Santos publicada no Diário de Pernambuco de 17/12/2011,sobre os novos mecanismos de transmissão da sanfona na região Nordeste.
Diario de Pernambuco, 17/12/2011
Escola de forrozeiro
O único professor da escola, William Kay, de 24 anos, aprendeu a tocar sanfona há 8 anos em um outro projeto, o Asa Branca, que funciona no centro da cidade, bancado pela Prefeitura do Exu. Por conta do déficit de sanfoneiros na cidade – o projeto Asa Branca acabou há cerca de cinco anos e só voltou a funcionar recentemente – William toca em várias bandas ao mesmo tempo. “Com os alunos que estão saindo daqui, isso vai mudar. Tem muito grupo de forró precisando de sanfoneiro”, diz. “Com um ano de aulas o aluno já está apto a tocar profissionalmente. Dependendo da dedicação, até em menos tempo”, completa.
Alguns alunos se anteciparam e já montaram bandas. Edcarlos Rodrigues, de 10 anos, é o sanfoneiro da banda Forrozeiros de Gonzagão, ao lado do primo Mateus Cassiano Lopes, também de 10 anos, que toca triângulo. “O meu sonho é continuar com a banda e ser médico”, diz Mateus. Os dois já apareceram em três emissoras de TV da região e já fizeram alguns shows no Ceará e no Sertão do Araripe.
O principal pré-requisito para entrar no curso é estar matriculado na escola. A maioria quer transformar a sanfona em instrumento de trabalho, mas ao mesmo tempo ter um emprego convencional. Aos 16 anos, Felipe Bruno se prepara para o vestibular do curso técnico de construção civil. “Mas nunca vou deixar de tocar sanfona. É um hobby que quero pra vida toda”, diz.
Nas aulas, só é ensinado a tocar forró e a primeira música que os alunos aprendem é Asa Branca. “Nem digo que é forró pé-de-serra, porque aqui abolimos esse termo. Esse é o verdadeiro forró e ponto. O que chamam de forro eletrônico não tem nada a ver com forró, é uma adaptação do vaneirão do Rio Grande do Sul”, define o professor. Os alunos aprovam o conceito. “A gente só toca músicas de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Targino Gondim...”, enumera Edcarlos.
20 de dez. de 2011
Zé Gonzaga - Tocando no 8 Baixos de Januário
Enviado por eversantana123 em 18/12/2011
Nas palavras de Everaldo, "esse é mais um excelente vídeo retirado dos Arquivos do Tico dos 8 Baixos. Zé Gonzaga toca na Sanfona de 8 Baixos que foi do seu pai; fala de suas composições e das músicas que ganhou da sua mãe para gravar".
18 de dez. de 2011
Lene dos 8 baixos - Na Churrascaria Cabana Show
Enviado por eversantana123 em 10/12/2011
Vídeo gravado por Zé Santana dos 8 Baixos na Churrascaria Cabana Show. Lene dos 8 Baixos se apresenta com o seu grupo de sanfoneiros e percussionista quinzenalmente nesta Churrascaria. A Churrascaria Cabana Show fica na Estrada Pirajussara-Valo Velho, 853 no Campo Limpo - São Paulo SP.
Telefones: 11-5824-2055 - 11-6130-1133 (oi) - 11-7653-7296 (claro)
Recado do gaiteiro Daltro Vieira via e-mail:
Obrigado pela referência ao meu trabalho no seu Blog, Léo.
Ano passado, estive fora do Brasil (Europa, África). Agora, estou editando mais algum material de vídeo,levando o som do Brasil, através da Gaita Ponto, pelo mundo!
Aquele Abraço,
DALTRO VIEIRA. LAGES - SC.
Saudações:
Obrigado pela referência ao meu trabalho no seu Blog, Léo.
Ano passado, estive fora do Brasil (Europa, África). Agora, estou editando mais algum material de vídeo,levando o som do Brasil, através da Gaita Ponto, pelo mundo!
Aquele Abraço,
DALTRO VIEIRA. LAGES - SC.
5 de dez. de 2011
Tico dos 8 baixos - Visita Zé Calixto
Video postado por Everaldo Santana no youtube.
Visita de Tico dos oito baixos e Tranquilo dos oito baixos à antiga casa de Zé Calixto no Morro da Pedreira, Pavuna. Considero o Tico dos oito baixos um documentarista nato, sabe, como poucos, retratar um encontro utilizando poucos recursos. Este vídeo trouxe-me saudades desta casa, que tanto frequentei durante a realização de minha etnografia pela UFRJ. Atualmente, Calixto reside em Santíssimo, zona oeste do Rio de Janeiro.
Provavelmente, este vídeo foi gravado no início dos anos 90, ainda preciso checar esta informação com Everaldo. Vale a pena assistir este encontro.
27 de nov. de 2011
Citação sem referência!!!
Recebi de Luizinho Calixto, por e-mail, a notícia deste oportuno Encontro de Foles e Sanfonas da Paraíba, a ser realizado em dezembro. No texto do release do encontro, detectei uma referência ao meu artigo "A sanfona de oito baixos e a música instrumental". Abaixo, destaco o trecho em negrito. Mais uma vez, agradeço a citação, porém, peço gentilmente que seja creditada a referência ao autor e a fonte.
RELEASE DO ENCONTRO
No dia 13 de dezembro, o dia Nacional
do Forró, a Associação Balaio Nordeste
- ABN em conjunto com a Secretaria de Cultura do Estado – SECULT
realizarão o
III Encontro de Foles e Sanfonas
da Paraíba, um
evento que promove a valorização da identidade musical nordestina.
Na
terceira edição do evento, os homenageados serão Severo do Acordeom e o Compositor Bastinho Calixto, ambos já foram
parceiros de Jackson do Pandeiro e marcaram a história no universo musical
brasileiro.
O evento
será realizado no histórico Largo da igreja São Frei Pedro Gonçalves, no
Varadouro, começando às 06 da manhã e terminando apenas às 23h, oferecendo um
dia inteiro de música e cultura. A abertura do encontro será uma Alvorada
Sanfonada seguida de uma missa na igreja em ação de graças e logo após, um
saboroso café da manhã para os convidados. Ainda pela manhã haverá o Projeto
Qualidade de Vida que realizará a aferição da pressão e identificação do tipo
sanguíneo dos presentes em seguida oficina de foles de oito baixos com o Mestre
Luizinho Calixto.
Durante a
tarde, a partir das 14h, serão realizadas mesas redondas com os homenageados,
estudiosos e personalidades para discutir a atual conjuntura política musical
nordestina e a troca de experiência com o Mestre Severo do Acordeom.
À noite,
das 19h às 23h, o público se deleitará com apresentações dos grupos de forró
Junior Limeira, Forrozão Chamego Nordestino, e Ripa na Chulipa e os sanfoneiros
participantes.
·
Encerrando
o evento Severo do Acordeom com participação do sanfoneiro Claudinho Pereira.
·
Luizinho
Calixto com participação de Roberto dos Oito baixos.
COMPLEMENTOS
III Encontro de Foles e Sanfonas
da Paraiba
O III
Encontro de Foles e Sanfonas é realizado pela Associação Balaio Nordeste - ABN
em conjunto com a Secretaria de Cultura do Estado – SECULT. Trata-se de um
evento que realiza o encontro entre folistas e sanfoneiros a fim de promover a
valorização da identidade musical nordestina. A cada edição o evento homenageia
ícones da música brasileira e internacional, ligados à prática destes
instrumentos e sua programação contará com oficinas, mesas redondas e exibição
de vídeos e shows, totalmente gratuitos.
O evento
promove anualmente a integração e troca de experiências entre folistas e
acordeonistas, músicos e estudantes de música, contribuindo para a
democratização e acesso a estes instrumentos através de shows, oficinas e
debates.
O fole e
a sanfona já foram instrumentos muito populares no Brasil, e, mais
especificamente na região Nordeste, contribuindo para a construção da
identidade musical nordestina, e que a partir dos anos de 1960 vem,
gradativamente, perdendo visibilidade no cenário musical brasileiro, o presente
projeto justifica-se enquanto possibilidade de incentivar tanto a sua prática
quanto os processos de ensino e aprendizagem destes, bem como de ampliar as
discussões e o diálogo acerca deste fazer musical entre os participantes.
O ensino da sanfona brasileira,
de norte a sul do país, é eminentemente oral. O aprendizado normalmente é
transmitido de pai para filho, e os sanfoneiros são em sua maior parte músicos
que tocam “de ouvido”, isto é, músicos que não tiveram uma instrução teórica ou
educação musical formal. Deste modo, a música da Sanfona de 8 baixos brasileira
tem sido registrada através da memória dos instrumentistas e das gravações
existentes.
O caso
específico do fole de oito baixos, considerado pelos sanfoneiros como um dos
instrumentos de mais difícil execução - pelo jogo de fole obrigatório - é ainda
mais preocupante, já que sendo uma arte atualmente dominada por poucos, vem
correndo sérios riscos de desaparecer.
Nesse
sentido é que a ABN (Associação Balaio Nordeste) tendo como missão promover e
incentivar ações e projetos de caráter formativo e informativo, que valorizem a
nossa cultura, considera ser de suma importância a realização de um evento
capaz de evidenciar a importância do estudo destes instrumentos e difundir a
sua prática como forma de salvaguardar o nosso patrimônio cultural.
Os Homenageados
O I
Encontro de Foles e Sanfonas homenageou Pinto do Acordeom e o segundo, os
compositores Antônio Barros e Céceu e o instrumentista José Calixto, que teve
seu DVD gravado na ocasião.
Na
terceira edição do evento, os homenageados serão João Severo da Silva (Severo
do Acordeon e o compositor Sebastião Tavares Calixto (Bastinho Calixto). Ambos
foram parceiros de Jackson do Pandeiro e fizeram história no universo musical
brasileiro.
Programação
Data: 13
de dezembro, o dia Nacional do Forró,
Local: Largo e igreja São Pedro Gonçalves, Varadouro ( em frente ao Hotel Globo)
Horario:
6: Alvorada Sanfonada com sanfoneiros convidados.
7:00 Ave
Maria Sertaneja tocada por o Mestre Antonio Couro e realização da Missa com o
Padre Jose Carlos
Oficinas
– Das 09 às 11h haverá oficinas de foles de oito baixo com o mestre Luizinho
Calixto.
Durante a
tarde, a partir das 14h, serão realizadas oficinas de Sanfona e mesas redondas com os homenageados,
estudiosos e personalidades para discutir a atual identidade musical
nordestina.
À noite
19h00min,
Junior Limeira, e Banda
19h30min
Grupo Forrozão Chamego Nordestino
20: 00 Grupo Ripa na Chulipa
20h30min
Sanfoneiros convidados apresentações instrumental
21h00min.
Luizinho Calixto e participação de
Roberto oito baixos
22h00min
Entrega dos troféus aos homenageados Severo do Acordeom e Bastinho Calixto..
22h15min
Severo do Acordeom com participação Claudinho Pereira,
ASSOCIAÇÃO BALAIO NORDESTE – ABN
O Projeto
Cultural Balaio Nordeste, encampado pela ASSOCIAÇÃO
BALAIO NORDESTE – ABN, visando proporcionar especificamente aos jovens e a
comunidade local, de um modo geral, a vivência com a música, cultura popular e
artesanato. Criada para apoiar e/ou cobrar ações que promovam o desenvolvimento
do Centro Histórico de João Pessoa, integrando entidades, instituições,
estabelecimentos comerciais, profissionais liberais e cidadãos interessados, a
ABN tem buscado alternativas para a participação da sociedade e da iniciativa
privada com vistas à manutenção, o crescimento e a proteção do patrimônio
físico, histórico e cultural da área central da capital paraibana.
A
associação Balaio Nordeste, derivada do projeto cultural também intitulado Balaio
Nordeste, o qual teve seu início em agosto de 2007, que visava, a priori, atuar
em dois segmentos da cultura popular: a poesia cantada, materializando-se na
musicalidade nordestina e a poesia falada (poemas, contos, literatura de
cordel, entre outros).
Atualmente,
enquanto entidade sem fins lucrativos, objetiva além de promover e estimular a
produção artística brasileira, contribuir também para a educação e formação
profissional de crianças, jovens e adultos. Faz parte de suas metas
desenvolverem e apoiar eventos formativos e informativos de caráter
sociocultural, enfatizando diálogos entre a cultura nordestina e as demais
culturas brasileiras e estrangeiras.
Arte e cultura para o
desenvolvimento humano
O ensino
da arte e da música vem, a cada dia, ocupando um papel de destaque na formação
humana. Há experiências realizadas sobre o papel da arte no resgate da
auto-estima e da cidadania em crianças, adolescentes e adultos, com
conseqüências positivas para a promoção humana em todos os seus aspectos.
Pesquisas científicas têm demonstrado que a arte no processo educacional é uma
aliada poderosa. Diversas áreas do cérebro são estimuladas por ela, facilitando
o aprendizado, ajudando no raciocínio lógico e contribuindo para a compreensão
das diversas formas de linguagens.
Além
disso, a arte tem colaborado para despertar o protagonismo juvenil, bem como
tem ajudado no combate a processos de marginalização. Muitas pessoas vêm de
lares onde nem sempre o acesso a esse bem cultural é favorecido. Daí a necessidade
de oferecer-lhes a oportunidade de contato com a música e também com a arte e
cultura popular, nas oficinas e cursos.
26 de nov. de 2011
Encontro de Sanfoneiros
Hoje, às 20hs, ocorre no SESC Café em Teresópolis, o lançamento do DVD do Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis. O vento contará com a participação de sanfoneiros teresopolitanos, dos 8 aos 120 baixos, coordenado por Cândido Neto, professor e agitador cultural da região serrana.
11 de nov. de 2011
Nesta manhã, retornei de uma breve ida à Vitória. Fui ao Congresso da ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical) no intuito de proferir uma pequena conferência de um artigo intitulado "O Dom e o Desafio - Um Estudo sobre o aprendizado tradicional da sanfona de oito baixos na região Nordeste". Também foi uma oportunidade valiosa para assistir ao trabalho de outros conferencistas, rever amigos e estabelecer novos contatos. De quebra, pude assistir a aula de encerramento do curso do professor Samuel Araújo, sempre trazendo questões enriquecedoras e pertinentes. Entre os momentos marcantes desta viagem tão fugaz, o inesquecível diálogo com o percussionista sul-africano Meki Nzewi, verdadeira aula de sabedoria africana através da música.
No que tange à sanfona, a experiência marcante desta viagem foi conhecer um artesão residente no bairro Soteco, em Vilha Velha, por nome de Antônio. Ele tem uma pequena loja, misto de antiquário e atelier, onde vende móveis e instrumentos antigos, além de trabalhar no conserto e venda de acordeões. Figura espirituosa e apaixonado pelos instrumentos de fole, revela-se um dinâmico artesão, que de forma auto-didata, através da observação de vídeos e textos na Internet, tem solidificado seus conhecimentos acerca dos acordeões.
Começamos a conversar sobre sanfona de oito baixos, e ele resolveu me mostrar uma planta de afinação que havia lhe ajudado muito. Foi então que mostrou-me uma planta da afinação natural confeccionada e publicada em meu artigo "A sanfona de 8 baixos e a música instrumental". Ele ficou surpreso quando me apresentei, o que tornou nosso encontro emocionante. É um estímulo observar a influência e o alcance de nosso trabalho em lugares inimaginados. E, assim, aumentar a rede de sustentação da prática da sanfona de oito baixos.
O bairro Soteco é formado basicamente por descendentes de italianos radicados em Vitória, Espírito Santo. Também corresponde à área de maior contingente de acordeonistas na capital capixaba. O tipo de instrumento de fole preferido é a concertina, tornando a tradição dos instrumentos de fole bastante particularizada neste estado. Em minha viagem, também tive a oportunidade de conhecer Izaías Meneguini, destacado artesão e instrumentista local.
Cordel sobre a Sanfona de Oito Baixos escrito por Adão Sanfoneiro. Piauiense, radicado em São Paulo, Adão tem colaborado conosco por diversas vezes
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
SANFONA OITO BAIXOS:
Eu de origem europeia:
No Brasil frutifiquei
Leste sul oeste nordeste,
Gostei do povo fiquei
ganhei uns vários nomes
Mas nunca me aluguei.
Já toquei todos os ritmos
Baião, samba e calango
Maxixe valsa e forró
Mas gosto muito de tango
Os germanos me valorizam
Moças lindas usam-me
Porém estou inquietação,
culpa de minha irmã
cento e vinte, confirmam.
Tio Bilia, Zé Calisto
Zé cupido, e Jamuário
Foram amigos fiéis
Sempre como operário,
Fiz o povo ficar feliz
Com festas quase diário.
Enfim, mereço respeito
Por tudo que represento
Pioneira no Brasil
Não saio do pensamento
De minha gente brasileira
Em todo firmamento.
Amor musicalidade
Deverá ser constante
Assim seja hoje sempre
Ousadia constantemente
Dedicação ao serviço
Enquanto e consoante.
DEMPARASO//Adão Salina
8 de nov. de 2011
Na próxima quinta-feira, dia 10 de novembro, estarei no Congresso Nacional da ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical) em Vitória, Espírito Santo. Às 14hs, estarei apresentando a conferência intitulada "O dom e o desafio - Um estudo sobre o aprendizado tradicional da sanfona de oito baixos na região Nordeste". É um texto construído sobre o relato de sanfoneiros representativos sobre a recusa paterna e o desafio, condição inerente ao aprendizado nestas narrativas. Foi desenvolvido como parte de minha dissertação de mestrado intitulada "Com Respeito aos oito baixos", defendida em julho ultimo na Escola de Música da UFRJ.
Next wednesday, I'llbe on the National Congress of Education in Vitória, Espírito Santo, where i'll present the conference "The gift and the challenge - A study of traditional learning on the Norteasteast region. It's a paper built on the narrative of proeminent accordion players on paternal refusion and the challenge of the disciple.
Next wednesday, I'llbe on the National Congress of Education in Vitória, Espírito Santo, where i'll present the conference "The gift and the challenge - A study of traditional learning on the Norteasteast region. It's a paper built on the narrative of proeminent accordion players on paternal refusion and the challenge of the disciple.
SEU ELIAS DANIEL tocador de fole dos Pontões de Pombal
SEU ELIAS DANIEL, GRANDE PERCA NO FOLCLORE POMBALENSE. Seu Elias Daniel, homem pacato, doce e sereno, sinônimo da força negra revigorada na energia solar do nosso sertão abrasador. Quando puxava o seu fole de oito baixos conduzia com maestria "Os negros dos pontões" que fazem anualmente o translado do rosário numa bonita procissão e que enchem de lágrimas os olhos de quem assiste aquele espetáculo popular vivido a céus abertos, de passos lentos, cabeçinha inclinada para o lado com o peso do tempo sobre as costas caminha em noites calmas pela Getulio Vargas tendo como fundo musical as novenas da matriz do Bonsucesso. Já de bengala na mão e sobre a cabeça o seu chapéu de massa era um transeunte quase que invisível aos olhos desta nova geração mais que deixa um legado cultural riquíssimo para seus amigos, filhos e porque não dizer todos aqueles que queiram beber da sua fonte inesgotável de sabedoria popular. Acordamos mais tristes é verdade porque o pássaro que enfeitava o bando colorido que pousava no largo da igreja do rosário agora voa sozinho, seu ultimo vôo abrindo as asas para um novo céu com a certeza que cumpriu a sua missão nesta penosa caminhada terrena. Voa seu Elias Daniel, voa embalado nas valsinhas que o senhor tanto tocou, voa conduzido por milhares de anjos que neste momento devem está fazendo o último túnel de varas coloridas e maracás tilintando para festejar a sua chegada. Não foi preciso galgar os degraus do capitalismo para demonstrar riquezas, pois a sua maior riqueza era a humildade, a serenidade e a religiosidade que se fazia alicerce para a sua estadia no meio de nós. Era um Daniel, era um ser iluminado, era um artista rústico que teve o privilégio de subir nos maiores palcos deste estado e porque não dizer deste país, e o que mais nos impressiona era a "primazia" mais que acertada no título do trabalho do cantor e compositor" Luizinho Barbosa" ao denominar este seguimento musical de raízes. Seu Elias era inocente como uma criança, não havia malicia em seu falar nem a ganância fruto da ignorância e perdição dos homens do nosso tempo, pois ao término de cada apresentação sentava-se na espera daqueles que o conduziam sem dizer se quer uma só palavra. Quantas lembranças me vem a mente neste instante, das nossas viagens para a capital, ao BNB Cultural de Sousa PB, as inesquecíveis FENART e os ensaios no CENTRO LIVRE DE ARTE POPULAR --POMBAL PB. Conheci um Elias pai, amigo, mestre, sereno que transmitia-nos a paz apenas com um simples toque de olhar, um Elias responsável que mesmo já tendo a saúde tão debilitada nunca se negou a empunhar o seu fole para dar seqüência a coreografia dos negros dos pontões numa farra quase que tribal. Voa Mestre Elias Daniel voa e prepara-nos uma valsinha para nos recepcionar na última viagem que faremos para lhe encontrar.
AUTOR: *Zé Ronaldo ( Professor e Artista Popular ).
Manassés e Luizinho Calixto
Violão e sanfona de oito baixos em noite de solidariedade no Amici's
O artista plástico Tota lembra o aniversário de vida do mestre Aldemir Martins em noite beneficente com as presenças de Manassés e Luizinho Calixto, hoje, no Buoni Amici's. A renda será destinada a duas instituições
08.11.2011| 01:30
Artista plástico e proprietário de uma galeria, Tota dirige ainda uma escolinha que leva o nome do mestre Aldemir Martins, nascido em 8 de novembro de 1922 e morto em fevereiro de 2006. Como modo de homenagear o mestre, o Buoni Amici’s Sport Bar (Praia de Iracema) abrirá suas portas hoje (8), às 21 horas, para o show Cores e Cantos.
Reunindo dois nomes representativos da música, Manassés e Luizinho Calixto, o evento será de caráter beneficente, com renda destinada ao Lar Torres de Melo e à Associação dos Deficientes Físicos do Estado do Ceará, esta presidida por David Farias.
SERVIÇO
Cores e Cantos, com Manassés e Luizinho Calixto
O quê: shows beneficentes em prol do Lar Torres de Melo e Associação dos Deficientes Físicos do Estado do Ceará.
Quando: hoje (8), às 21 horas.
Onde: Buoni Amici’s Sport Bar (rua Dragão do Mar, 80).
Quanto: R$ 5 + 1 lata de leite.
Outras info.: 8626 1888 / 9976 8893.