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29 de set. de 2009

Heleno dois 8 baixos


Heleno dos 8 baixos é um dos mais destacados sanfoneiros em atividade no Brasil. Neste interessante video postado por chikynuaj, temos a performance de Heleno acompanhado por sua familia - esposa e filhos, na percussão, fazendo um forró arretado tendo como pano de fundo a Torre Eifel.Provavelmente este video foi gravado durante a estada de Heleno em Paris, no ano do Brasil na França.
Arrocha tocador!

19 de set. de 2009

xote


Carmindo Alves da Silva, natural de Rochedo - MG, e radicado em Petropolis - RJ, é um dos poucos sanfoneiros em atividade na região serrana. Embora não tenha se profissionalizado, é um represantante da sanfona de 8 baixos no estilo calangueado, típico de Minas e interior do Rio de Janeiro. As terças paralelas, a harmonia entre a tônica e a dominante, os arpejos, e os adornos são algumas caracteristicas evidenciadas neste video. Aqui, Carmindo toca em sua casa, no bairro Nova Cascatinha, em Petropolis, uma scotish (xote). Esta, entre as danças de salão européias do seculo XIX parece ser a mais disseminada pelo Brasil, apresentado diferentes inflexões quanto à interpretação, aclimatando-se ao ritmo orgânico de cada região.

são João - Forró dá o tom nas escolas do Recife


O estímulo à revalorização da arte da sanfona de 8 baixos. Maria Piedade Araújo, educadora recifense aponta algumas estratágias em sala de aula - o resgate da história da sanfona, o resgate da história do baile, a importância do forró, seus instrumentos e repertório. E a oportunidade das crianças de visitarem o "forró do Arlindo".

12 de set. de 2009


"Encontro de sanfoneiros do Recife", é, como o próprio título indica, uma espécie de who is who da sanfona recifense. O livro, escrito pelo pesquisador Edivaldo Arlégo, reúne 53 sanfoneiros, com uma foto em preto-e-branco e uma pequena biografia de cada um dos artistas enfocados. Consiste em uma obra de grande utilidade aos pesquisadores e apreciadores da arte deste instrumento. Partindo do pressuposto que o livro de Arlégo seja um apanhado fiel do panorama da sanfona na capital do frevo, reitera a preocupação da historiadora Leda Dias e do jornalista Anselmo Alves, em torno da ausência de tocadores de 8 baixos, que poderia gradualmente conduzir este nobre instrumento à extinção.
Senão vejamos: entre os 53 sanfoneiros resenhados por Arlégo, 49 se dedicam ao acordeom de 120 baixos, enquanto somente 4 (!) são assumidamente sanfoneiros de 8 baixos. Destes 4, tiremos 1, pois Chiquinha Gonzaga, irmã caçula de Luiz Gonzaga, infelizmente está impossibilitada de tocar devido à problemas de saúde. Restam três: Arlindo dos 8 baixos, Severino dos 8 baixos e Evandro dos 8 baixos.

Porém, a continuidade de uma tradição musical pode vigorar por maneiras insuspeitáveis. Em minha breve estada em Recife, em agosto último, tive a oportunidade de assistir à dois exímios acordeonistas de 120 baixos: Cicinho do Acordeon e Marcelo de Feira Nova. Tanto na prática musical de um, como de outro, as sementes do fole de 8 baixos estão presentes, trazendo não apenas o vasto repertório, bem como técnicas e efeitos que afloraram na obra de mestres da sanfona de 8 baixos, como Gerson Filho, Abdias e Zé Calixto. Ainda que podemos considerar que o instrumento esteja em desuso, a musicalidade imanente, que foi registrada em fonogramas ao longo de seis décadas, é uma verdadeira escola do forró instrumental e servirá de referência dos futuros instrumentistas, seja quais foram os seus instrumentos - um acordeom de 120 baixos, uma guitarra, um saxofone...
Referência: Arlégo, Edivaldo. Encontro de sanfoneiros de Recife. Edições Edificantes, Recife:2004.