Páginas

27 de nov. de 2011

Citação sem referência!!!


Recebi de Luizinho Calixto, por e-mail, a notícia deste oportuno Encontro de Foles e Sanfonas da Paraíba, a ser realizado em dezembro. No texto do release do encontro, detectei uma referência ao meu artigo "A sanfona de oito baixos e a música instrumental". Abaixo, destaco o trecho em negrito. Mais uma vez, agradeço a citação, porém, peço gentilmente que seja creditada a referência ao autor e a fonte. 






RELEASE DO ENCONTRO


        No dia 13 de dezembro, o dia Nacional do Forró, a Associação Balaio Nordeste - ABN em conjunto com a Secretaria de Cultura do Estado – SECULT realizarão o
III Encontro de Foles e Sanfonas da Paraíba, um evento que promove a valorização da identidade musical nordestina.

Na terceira edição do evento, os homenageados serão Severo do Acordeom e o  Compositor Bastinho Calixto, ambos já foram parceiros de Jackson do Pandeiro e marcaram a história no universo musical brasileiro. 

O evento será realizado no histórico Largo da igreja São Frei Pedro Gonçalves, no Varadouro, começando às 06 da manhã e terminando apenas às 23h, oferecendo um dia inteiro de música e cultura. A abertura do encontro será uma Alvorada Sanfonada seguida de uma missa na igreja em ação de graças e logo após, um saboroso café da manhã para os convidados. Ainda pela manhã haverá o Projeto Qualidade de Vida que realizará a aferição da pressão e identificação do tipo sanguíneo dos presentes em seguida oficina de foles de oito baixos com o Mestre Luizinho Calixto.

Durante a tarde, a partir das 14h, serão realizadas mesas redondas com os homenageados, estudiosos e personalidades para discutir a atual conjuntura política musical nordestina e a troca de experiência com o Mestre Severo do Acordeom.

À noite, das 19h às 23h, o público se deleitará com apresentações dos grupos de forró Junior Limeira, Forrozão Chamego Nordestino, e Ripa na Chulipa e os sanfoneiros participantes.
·        Encerrando o evento Severo do Acordeom com participação do sanfoneiro Claudinho Pereira.
·        Luizinho Calixto com participação de Roberto dos Oito baixos.


COMPLEMENTOS

III Encontro de Foles e Sanfonas da Paraiba

O III Encontro de Foles e Sanfonas é realizado pela Associação Balaio Nordeste - ABN em conjunto com a Secretaria de Cultura do Estado – SECULT. Trata-se de um evento que realiza o encontro entre folistas e sanfoneiros a fim de promover a valorização da identidade musical nordestina. A cada edição o evento homenageia ícones da música brasileira e internacional, ligados à prática destes instrumentos e sua programação contará com oficinas, mesas redondas e exibição de vídeos e shows, totalmente gratuitos.

O evento promove anualmente a integração e troca de experiências entre folistas e acordeonistas, músicos e estudantes de música, contribuindo para a democratização e acesso a estes instrumentos através de shows, oficinas e debates.

O fole e a sanfona já foram instrumentos muito populares no Brasil, e, mais especificamente na região Nordeste, contribuindo para a construção da identidade musical nordestina, e que a partir dos anos de 1960 vem, gradativamente, perdendo visibilidade no cenário musical brasileiro, o presente projeto justifica-se enquanto possibilidade de incentivar tanto a sua prática quanto os processos de ensino e aprendizagem destes, bem como de ampliar as discussões e o diálogo acerca deste fazer musical entre os participantes.

O ensino da sanfona brasileira, de norte a sul do país, é eminentemente oral. O aprendizado normalmente é transmitido de pai para filho, e os sanfoneiros são em sua maior parte músicos que tocam “de ouvido”, isto é, músicos que não tiveram uma instrução teórica ou educação musical formal. Deste modo, a música da Sanfona de 8 baixos brasileira tem sido registrada através da memória dos instrumentistas e das gravações existentes.

O caso específico do fole de oito baixos, considerado pelos sanfoneiros como um dos instrumentos de mais difícil execução - pelo jogo de fole obrigatório - é ainda mais preocupante, já que sendo uma arte atualmente dominada por poucos, vem correndo sérios riscos de desaparecer.

Nesse sentido é que a ABN (Associação Balaio Nordeste) tendo como missão promover e incentivar ações e projetos de caráter formativo e informativo, que valorizem a nossa cultura, considera ser de suma importância a realização de um evento capaz de evidenciar a importância do estudo destes instrumentos e difundir a sua prática como forma de salvaguardar o nosso patrimônio cultural.

Os Homenageados

O I Encontro de Foles e Sanfonas homenageou Pinto do Acordeom e o segundo, os compositores Antônio Barros e Céceu e o instrumentista José Calixto, que teve seu DVD gravado na ocasião.

Na terceira edição do evento, os homenageados serão João Severo da Silva (Severo do Acordeon e o compositor Sebastião Tavares Calixto (Bastinho Calixto). Ambos foram parceiros de Jackson do Pandeiro e fizeram história no universo musical brasileiro. 


Programação

Data: 13 de dezembro, o dia Nacional do Forró,
Local:  Largo e igreja São Pedro Gonçalves,  Varadouro ( em frente ao Hotel Globo)
Horario: 6: Alvorada Sanfonada com sanfoneiros convidados.
7:00 Ave Maria Sertaneja tocada por o Mestre Antonio Couro e realização da Missa com o Padre Jose Carlos

Oficinas – Das 09 às 11h haverá oficinas de foles de oito baixo com o mestre Luizinho Calixto.

Durante a tarde, a partir das 14h, serão realizadas oficinas de Sanfona  e mesas redondas com os homenageados, estudiosos e personalidades para discutir a atual identidade musical nordestina.


À noite
19h00min, Junior Limeira, e Banda
19h30min Grupo Forrozão Chamego Nordestino
 20: 00 Grupo Ripa na Chulipa
20h30min Sanfoneiros convidados apresentações instrumental
21h00min.    Luizinho Calixto e participação de Roberto oito baixos
22h00min Entrega dos troféus aos homenageados Severo do Acordeom e Bastinho Calixto..
22h15min Severo do Acordeom com participação Claudinho Pereira,

ASSOCIAÇÃO BALAIO NORDESTE – ABN

O Projeto Cultural Balaio Nordeste, encampado pela ASSOCIAÇÃO BALAIO NORDESTE – ABN, visando proporcionar especificamente aos jovens e a comunidade local, de um modo geral, a vivência com a música, cultura popular e artesanato. Criada para apoiar e/ou cobrar ações que promovam o desenvolvimento do Centro Histórico de João Pessoa, integrando entidades, instituições, estabelecimentos comerciais, profissionais liberais e cidadãos interessados, a ABN tem buscado alternativas para a participação da sociedade e da iniciativa privada com vistas à manutenção, o crescimento e a proteção do patrimônio físico, histórico e cultural da área central da capital paraibana. 

A associação Balaio Nordeste, derivada do projeto cultural também intitulado Balaio Nordeste, o qual teve seu início em agosto de 2007, que visava, a priori, atuar em dois segmentos da cultura popular: a poesia cantada, materializando-se na musicalidade nordestina e a poesia falada (poemas, contos, literatura de cordel, entre outros). 

Atualmente, enquanto entidade sem fins lucrativos, objetiva além de promover e estimular a produção artística brasileira, contribuir também para a educação e formação profissional de crianças, jovens e adultos. Faz parte de suas metas desenvolverem e apoiar eventos formativos e informativos de caráter sociocultural, enfatizando diálogos entre a cultura nordestina e as demais culturas brasileiras e estrangeiras.

Arte e cultura para o desenvolvimento humano
O ensino da arte e da música vem, a cada dia, ocupando um papel de destaque na formação humana. Há experiências realizadas sobre o papel da arte no resgate da auto-estima e da cidadania em crianças, adolescentes e adultos, com conseqüências positivas para a promoção humana em todos os seus aspectos. Pesquisas científicas têm demonstrado que a arte no processo educacional é uma aliada poderosa. Diversas áreas do cérebro são estimuladas por ela, facilitando o aprendizado, ajudando no raciocínio lógico e contribuindo para a compreensão das diversas formas de linguagens.

Além disso, a arte tem colaborado para despertar o protagonismo juvenil, bem como tem ajudado no combate a processos de marginalização. Muitas pessoas vêm de lares onde nem sempre o acesso a esse bem cultural é favorecido. Daí a necessidade de oferecer-lhes a oportunidade de contato com a música e também com a arte e cultura popular, nas oficinas e cursos.

26 de nov. de 2011

Encontro de Sanfoneiros

Hoje, às 20hs, ocorre no SESC Café em Teresópolis, o lançamento do DVD do Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis. O vento contará com a participação de sanfoneiros teresopolitanos, dos 8 aos 120 baixos, coordenado por Cândido Neto, professor e agitador cultural da região serrana.

11 de nov. de 2011

Nesta manhã, retornei de uma breve ida à Vitória. Fui ao Congresso da ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical) no intuito de proferir uma pequena conferência de um artigo intitulado "O Dom e o Desafio - Um Estudo sobre o aprendizado tradicional da sanfona de oito baixos na região Nordeste". Também foi uma oportunidade valiosa para assistir ao trabalho de outros conferencistas, rever amigos e estabelecer novos contatos. De quebra, pude assistir a aula de encerramento do curso do professor Samuel Araújo, sempre trazendo questões enriquecedoras e pertinentes. Entre os momentos marcantes desta viagem tão fugaz, o inesquecível diálogo com o percussionista sul-africano Meki Nzewi, verdadeira aula de sabedoria africana através da música.
No que tange à sanfona, a experiência marcante desta viagem foi conhecer um artesão residente no bairro Soteco, em Vilha Velha, por nome de Antônio. Ele tem uma pequena loja, misto de antiquário e atelier, onde vende móveis e instrumentos antigos, além de trabalhar no conserto e venda de acordeões. Figura espirituosa e apaixonado pelos instrumentos de fole, revela-se um dinâmico artesão, que de forma auto-didata, através da observação de vídeos e textos na Internet, tem solidificado seus conhecimentos acerca dos acordeões. 
Começamos a conversar sobre sanfona de oito baixos, e ele resolveu me mostrar uma planta de afinação que havia lhe ajudado muito. Foi então que mostrou-me uma planta da afinação natural confeccionada e publicada em meu artigo "A sanfona de 8 baixos e a música instrumental". Ele ficou surpreso quando me apresentei, o que tornou nosso encontro emocionante. É um estímulo observar a influência e o alcance de nosso trabalho em lugares inimaginados. E, assim, aumentar a rede de sustentação da prática da sanfona de oito baixos.
O bairro Soteco é formado basicamente por descendentes de italianos radicados em Vitória, Espírito Santo. Também corresponde à área de maior contingente de acordeonistas na capital capixaba. O tipo de instrumento de fole preferido é a concertina, tornando a tradição dos instrumentos de fole bastante particularizada neste estado. Em minha viagem, também tive a oportunidade de conhecer Izaías Meneguini, destacado artesão e instrumentista local.





Cordel sobre a Sanfona de Oito Baixos escrito por Adão Sanfoneiro. Piauiense, radicado em São Paulo, Adão tem colaborado conosco por diversas vezes
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
SANFONA OITO BAIXOS:


Eu de origem europeia:


No Brasil frutifiquei


Leste sul oeste nordeste,


Gostei do povo fiquei


ganhei uns vários nomes


Mas nunca me aluguei.




Já toquei todos os ritmos


Baião, samba e calango


Maxixe valsa e forró


Mas gosto muito de tango


Os germanos me valorizam


Moças lindas usam-me


Porém estou inquietação,


culpa de minha irmã


cento e vinte, confirmam.




Tio Bilia, Zé Calisto


Zé cupido, e Jamuário


Foram amigos fiéis


Sempre como operário,


Fiz o povo ficar feliz


Com festas quase diário.




Enfim, mereço respeito


Por tudo que represento


Pioneira no Brasil


Não saio do pensamento


De minha gente brasileira


Em todo firmamento.




Amor musicalidade


Deverá ser constante


Assim seja hoje sempre


Ousadia constantemente


Dedicação ao serviço


Enquanto e consoante.



DEMPARASO//Adão Salina

8 de nov. de 2011

Na próxima quinta-feira, dia 10 de novembro, estarei no Congresso Nacional da ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical) em Vitória, Espírito Santo. Às 14hs, estarei apresentando a conferência intitulada "O dom e o desafio - Um estudo sobre o aprendizado tradicional da sanfona de oito baixos na região Nordeste". É um texto construído sobre o relato de sanfoneiros representativos sobre a recusa paterna e o desafio, condição inerente ao aprendizado nestas narrativas. Foi desenvolvido como parte de minha dissertação de mestrado intitulada "Com Respeito aos oito baixos", defendida em julho ultimo na Escola de Música da UFRJ.

Next wednesday, I'llbe on the National Congress of Education in Vitória, Espírito Santo, where i'll present the conference "The gift and the challenge - A study of traditional learning on the Norteasteast region. It's a paper built on the narrative of proeminent accordion players on paternal refusion and the challenge of the disciple.

SEU ELIAS DANIEL tocador de fole dos Pontões de Pombal


SEU ELIAS DANIEL, GRANDE PERCA NO FOLCLORE POMBALENSE. Seu Elias Daniel, homem pacato, doce e sereno, sinônimo da força negra revigorada na energia solar do nosso sertão abrasador. Quando puxava o seu fole de oito baixos conduzia com maestria "Os negros dos pontões" que fazem anualmente o translado do rosário numa bonita procissão e que enchem de lágrimas os olhos de quem assiste aquele espetáculo popular vivido a céus abertos, de passos lentos, cabeçinha inclinada para o lado com o peso do tempo sobre as costas caminha em noites calmas pela Getulio Vargas tendo como fundo musical as novenas da matriz do Bonsucesso. Já de bengala na mão e sobre a cabeça o seu chapéu de massa era um transeunte quase que invisível aos olhos desta nova geração mais que deixa um legado cultural riquíssimo para seus amigos, filhos e porque não dizer todos aqueles que queiram beber da sua fonte inesgotável de sabedoria popular. Acordamos mais tristes é verdade porque o pássaro que enfeitava o bando colorido que pousava no largo da igreja do rosário agora voa sozinho, seu ultimo vôo abrindo as asas para um novo céu com a certeza que cumpriu a sua missão nesta penosa caminhada terrena. Voa seu Elias Daniel, voa embalado nas valsinhas que o senhor tanto tocou, voa conduzido por milhares de anjos que neste momento devem está fazendo o último túnel de varas coloridas e maracás tilintando para festejar a sua chegada. Não foi preciso galgar os degraus do capitalismo para demonstrar riquezas, pois a sua maior riqueza era a humildade, a serenidade e a religiosidade que se fazia alicerce para a sua estadia no meio de nós. Era um Daniel, era um ser iluminado, era um artista rústico que teve o privilégio de subir nos maiores palcos deste estado e porque não dizer deste país, e o que mais nos impressiona era a "primazia" mais que acertada no título do trabalho do cantor e compositor" Luizinho Barbosa" ao denominar este seguimento musical de raízes. Seu Elias era inocente como uma criança, não havia malicia em seu falar nem a ganância fruto da ignorância e perdição dos homens do nosso tempo, pois ao término de cada apresentação sentava-se na espera daqueles que o conduziam sem dizer se quer uma só palavra. Quantas lembranças me vem a mente neste instante, das nossas viagens para a capital, ao BNB Cultural de Sousa PB, as inesquecíveis FENART e os ensaios no CENTRO LIVRE DE ARTE POPULAR --POMBAL PB. Conheci um Elias pai, amigo, mestre, sereno que transmitia-nos a paz apenas com um simples toque de olhar, um Elias responsável que mesmo já tendo a saúde tão debilitada nunca se negou a empunhar o seu fole para dar seqüência a coreografia dos negros dos pontões numa farra quase que tribal. Voa Mestre Elias Daniel voa e prepara-nos uma valsinha para nos recepcionar na última viagem que faremos para lhe encontrar.

AUTOR: *Zé Ronaldo ( Professor e Artista Popular ).

Manassés e Luizinho Calixto


Violão e sanfona de oito baixos em noite de solidariedade no Amici's

O artista plástico Tota lembra o aniversário de vida do mestre Aldemir Martins em noite beneficente com as presenças de Manassés e Luizinho Calixto, hoje, no Buoni Amici's. A renda será destinada a duas instituições
08.11.201101:30
O violonista Manassés (foto) irá dividir as atenções com o mestre dos oito baixos, Luizinho Calixto, em show no Buoni Amici's (Divulgação)O violonista Manassés (foto) irá dividir as atenções com o mestre dos oito baixos, Luizinho Calixto, em show no Buoni Amici's (Divulgação)

Artista plástico e proprietário de uma galeria, Tota dirige ainda uma escolinha que leva o nome do mestre Aldemir Martins, nascido em 8 de novembro de 1922 e morto em fevereiro de 2006. Como modo de homenagear o mestre, o Buoni Amici’s Sport Bar (Praia de Iracema) abrirá suas portas hoje (8), às 21 horas, para o show Cores e Cantos. 

Reunindo dois nomes representativos da música, Manassés e Luizinho Calixto, o evento será de caráter beneficente, com renda destinada ao Lar Torres de Melo e à Associação dos Deficientes Físicos do Estado do Ceará, esta presidida por David Farias.

SERVIÇO

Cores e Cantos, com Manassés e Luizinho Calixto
O quê: shows beneficentes em prol do Lar Torres de Melo e Associação dos Deficientes Físicos do Estado do Ceará. 
Quando: hoje (8), às 21 horas.
Onde: Buoni Amici’s Sport Bar (rua Dragão do Mar, 80).
Quanto: R$ 5 + 1 lata de leite.
Outras info.: 8626 1888 / 9976 8893.